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segunda-feira, maio 12, 2025
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Em busca de estabilidade financeira, casal troca VG por EUA

Em busca da estabilidade financeira e melhor qualidade de vida para a filha de 8 anos, casal saiu de Várzea Grande e foi parar nos Estados Unidos há 2 anos. Meta da Mayara Cristina, 32, e do marido Gustavo dos Santos, 31, é juntar dinheiro, voltar para Cuiabá e aplicar recurso para “viverem bem”. Família está morando na Pensilvânia e conta sua história de mudança.  

Mayara contou que o processo de mudança foi rápido, entre a ideia e imigração efetiva. Na época, o casal passava por dificuldades financeiras. Após a decisão, o casal se organizou e, em 3 meses, estava em solo americano.  Urgência veio, pois se parassem para pensar poderiam desistir.

“A gente só pensava em ter oportunidade de crescimento. Eu estava desempregada, a situação estava muito difícil, passando aperto. As contas não estavam fechando mais. Meu marido tem um amigo que já morava aqui [EUA] e nos deu todo o apoio, nos acolheu. Foi muito rápido, decidimos em 3 meses. Resolvemos vir para ter oportunidade financeira, estabilidade, principalmente para minha filha. Queremos voltar, a intenção é juntar um dinheiro bom, ter uma estabilidade financeira e ir embora, mas não sabemos quando ainda”, disse.

Não diferente de outros relatos de cuiabanos, Mayara resumiu ter sido “sofrido” e “muito difícil” no começo, principalmente para quem não compreende o idioma. Com muito orgulho, ela disse que trabalha como faxineira na cidade, pois há valorização no trabalho.

Já o marido é pintor profissional e já possui uma empresa que presta serviços residencial e comercial. Com os salários dos dois, eles conseguem ter uma estabilidade financeira que não tinham no Brasil. Ela confessou que a vida é corrida, mas prazerosa.

“No começo não foi fácil, a gente sofreu muito, porque tudo é diferente no idioma, na cultura. A gente conhecia um amigo que nos recebeu e acolheu, mas chegar no país diferente, não falar o idioma, não ter a cultura, tinha hora que eu pensava em largar tudo e voltar para trás. Aos poucos a gente foi se aconchegando e acomodando. A gente começou com trabalho braçal, na faxina. A diferença é que no Brasil a gente demora para conquistar algo e realizar os nossos sonhos, já aqui se você quer e se dedica, você idealiza o seu sonho. É fácil ter uma estabilidade financeira, aqui tem valorização”, explicou.

Mayara e Gustavo deixaram os pais, irmãos, avós, tios e amigos. Trabalhadora de serviços gerais disse que a maior dor é a saudade.

Moradores de Várzea Grande, eles não desfizeram da casa própria com os móveis, roupas e outros objetos pessoais. Moradia está a espera da família retornar. Mayara disse que o que mais sente falta é ter o convívio com a família em um domingo ouvindo lambadão e comer peixe no São Gonçalo Beira Rio.

“A gente sente muitas saudades da família, da nossa casa. A nossa casinha do jeito que a gente deixou, ficou. A gente tenta olha pelo lado positivo, que é a estabilidade financeira, poder de compra muito grande, poder de crescimento é ótimo aqui. Mas, a saudade da família, dos nossos costumes, da comida, da vivência, sempre vai existir. Que saudade de reunir no domingo com a família, escutar um lambadão, tomar cerveja, comer um peixe no São Gonçalo Beira Rio, aí que delícia. Comer um pastel no porto. Quem muda de país tem que saber que todos sofrem de alguma maneira. Podem se passar anos, mas sempre vai existir o sofrimento da saudade, mesmo que não seja apegado com a família”, finalizou.

Por Claryssa Amorim

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