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Desenrola tem último mês de renegociação de dívida, com desconto de até 90%

Até o dia 31 de dezembro, os consumidores podem acertar as contas atrasadas, além de parcelar em até 60 meses

Desenrola Brasil entra no último mês de negociação de dívidas, com descontos de até 90% e parcelamento. Os consumidores que pretendem negociar as contas atrasadas têm até o dia 31 de dezembro para aproveitar as condições oferecidas pelo programa, limpar o nome e recuperar a capacidade de crédito.

Segundo o Ministério da Fazenda, cerca de 3,5 milhões de brasileiros realizaram renegociações, num total de mais de R$ 27 bilhões, desde o dia 17 de julho, quando começou a primeira fase. 

O refinanciamento é feito por meio da plataforma www.desenrola.gov.br. Mas uma parceria com bancos privados e públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa, oferece atendimento presencial nos bancos para suporte aos consumidores.

O programa permite ainda a renegociação sem entrada imediata, podendo haver parcelamento em até 60 meses, com a primeira parcela somente em 2024.

A primeira etapa começou em 17 de julho, com a Faixa 2, de negociações feitas diretamente pelos bancos credores com pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil cujas dívidas bancárias foram inscritas em cadastros de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022.

Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), entre julho e novembro foram renegociados R$ 23,6 bilhões em volume financeiro. O número de contratos de dívidas negociados alcançou 3,24 milhões, beneficiando 2,6 milhões de clientes bancários.

Cerca de 6 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 saíram do negativo.

Já a segunda etapa, a Faixa 1, começou em 9 de outubro, por meio do site desenrola.gov.br, com enfoque no atendimento de pessoas com renda de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou inscritas no CadÚnico (Cadastro Único do governo federal para programas sociais).

Nessa etapa, podem ser renegociadas as dívidas que tenham sido negativadas de 2019 a 2022 e cujo valor atualizado seja inferior a R$ 20 mil. Também estão incluídas dívidas bancárias, como cartão de crédito, e as contas atrasadas de outros setores, como energia, água e comércio varejista.

A Serasa, que também faz negociação dentro do Desenrola, informou que foram registrados no período 4 milhões de acordos, com descontos concedidos de R$ 11,9 bilhões.

Para Fernando Moulin, especialista em transformação digital e sócio da Sponsorb, o Desenrola é boa alternativa para renegociar e refinanciar as dívidas existentes, em condições mais acessíveis e justas, para sair dessa indesejável situação.

“Dívida é algo que ‘tira o sono’ de qualquer pessoa ou família. Os anos de pandemia e a situação macroeconômica mais desafiadora dos últimos anos (juros altos, perda de poder aquisitivo pelas famílias, desemprego etc.) fizeram com que quatro de cada cinco brasileiros estejam inadimplentes de algum modo”, avalia o especialista.

Ele orienta o consumidor a usar uma parte do 13º salário para ajudar a regularizar a situação financeira, com o apoio do Desenrola. “Acho que começar o ano com o ‘nome limpo’ é uma excelente forma de entrar em 2024”, acrescenta Moulin.

Para Diogo Catão, CEO da Dome Ventures, a importância do Desenrola é justamente permitir que o devedor volte a ter condições de adquirir novas operações de crédito. “Mas é importante salientar que isso só é válido para pessoas que estavam negativadas de 2019 a 2022. Além disso, tem uma característica que é um programa voluntário, então depende da adesão do credor para que seja ofertada a possibilidade de renegociar essa dívida”, afirma Catão.

“Além da melhoria da classificação de crédito, voltar de novo para o mercado, poder solicitar crédito, tem a questão de estabilidade financeira. Isso dá um alívio e tira um peso das costas. E, claro, consegue descontos e parcelar em mais vezes, com juros bem mais em conta do que tinha antes. Então, quem não fez e está dentro dos critérios, a recomendação é aproveitar”, conclui o CEO. 

Fonte: R7

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