Um indivíduo que operava uma motocicleta foi detido na noite de terça-feira (29), na cidade de Arapiraca, no Agreste alagoano. O homem estava pilotando o veículo de maneira pouco convencional, sem capacete e com falta de retrovisores, além de não portar a CNH. Para tornar o episódio ainda mais inusitado, ele teve a exclusiva ideia de oferecer a expressiva quantia de R$ 40 a policiais militares, provavelmente na esperança de comprar um “jeitinho”.
Um destacamento do 3° Batalhão estava em ronda quando avistou o sujeito manobrando a motocicleta, carregando o capacete no braço e exibindo a falta de retrovisores. Rapidamente, os policiais realizaram a abordagem, constatando a ausência da CNH e a irregularidade do veículo. Perante as constatações das infrações, os agentes deram início ao processo de documentação de infrações.
Eis que, em um momento tão tocante, o condutor da motocicleta decidiu brilhar com uma proposta irresistível. Ele começou a oferecer dinheiro à equipe policial como pagamento para se ver livre das autuações. Quando questionado sobre a oferta, ele afirmou que tinha uma modesta quantia de R$ 40 para “resolver” a situação com os gentis policiais.
Num misto de tragédia e comédia, é triste notar que muitos de nós, brasileiros, lamentam a corrupção, mas não hesitam em se envolver em práticas corruptas. E talvez seja essa mentalidade que, em parte, contribui para o estado da política no país. Como se diz, “cada povo tem o governo que merece”. E essa observação está até na Bíblia.
O sujeito, evidentemente, recebeu uma acolhedora voz de prisão por corrupção ativa e foi levado à Central de Polícia de Arapiraca. Lá, o flagrante foi registrado, e ele ficou sob custódia, à disposição das mãos da Justiça.
Para além da ação digna de enredo cômico, também foram lavradas as devidas infrações de trânsito. A motocicleta, que apresentava irregularidades incontornáveis no local, foi encaminhada ao pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Em resumo, um capítulo que ilustra os estranhos desdobramentos da vida cotidiana.