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Um ano após mulher morrer com explosão de rojão, três pessoas respondem em liberdade

Um ano depois da morte de Elisangela Tinem, dois homens e uma mulher respondem em liberdade e aguardam que o Ministério Público denuncie o caso à Justiça. A mulher, de 38 anos, foi atingida por um rojão, que se prendeu em sua roupa e explodiu durante a comemoração de Ano-Novo em Praia Grande, no litoral sul de São Paulo.

As informações foram confirmadas pelo delegado responsável pelo caso, Alex Mendonça do Nascimento, do 1° Distrito Policial da Praia Grande. Segundo Nascimento, o inquérito policial foi distribuído na Vara do Tribunal do Juri, porque se tratava de um crime doloso contra a vida.

O MP, porém, entendeu que se tratava de homicídio na modalidade culposa — quando não há intenção — por imprudência e determinou que o inquérito fosse levado a uma das Varas Criminais normais da comarca de Praia Grande.

A investigação policial, encerrada em fevereiro deste ano, chegou a Christian Luan dos Santos de Oliveira, Felipe Cunha da Silva e Renata Larissa Leite Gelly, por meio de depoimentos de testemunhas e análises de câmeras de segurança.

A redação entrou tentou entrar em contato com a defesa de Christian Luan, Felipe Cunha e Renata Larissa, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno. O espaço continua aberto para manifestações.

Elisangela Tinem comemorava a virada de 2022 para 2023 com alguns familiares na praia, para assistir à queima de fogos, quando foi atingida por um rojão, que se prendeu em sua roupa e a matou. Um vídeo feito por pessoas que estavam no local registrou o momento. 

Na época, uma irmã da vítima, Tamiris, contou à reportagem que todos os familiares estavam um ao lado do outro e gravavam os fogos quando, de repente, viram um clarão muito forte que vinha na direção do grupo. Eles se afastaram um pouco, mas o rojão atingiu Elisangela.

A vítima começou a bater a mão em cima do artefato para apagar as faíscas, mas, segundo a irmã, quando viram o que estava acontecendo e um primo se aproximou para ajudá-la, o fogo de artifício explodiu e jogou todos para longe.

“Foi um clarão enorme e um barulho extremamente alto, e, quando a fumaça abaixou, vimos minha irmã caindo no chão de braços abertos, já sem vida. O rojão estourou no corpo dela, e vimos tudo. Ela já caiu sem vida, tudo isso foi em questão de segundos, não conseguimos nem tivemos tempo de fazer nada, nem ela mesma teve a chance de se salvar”, disse Tamiris. 

Elisangela era a mais velha de quatro irmãs e deixou dois filhos. A mulher sofreu lesões internas e externas, segundo a Polícia Civil. Ao atingir os órgãos, a explosão provocou hemorragias internas. Do lado externo, segundo os agentes, parte de um dos braços, perto do ombro, ficou com a estrutura óssea à mostra.

*Sob a supervisão de Letícia Dauer e Márcio Pinho

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