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sexta-feira, outubro 25, 2024
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Servidor de VG e empresários são presos por desvio na Saúde

Superintendente de Saúde Oswaldo Prado Rocha e o empresário Fernando Metello foram presos na manhã desta segunda-feira (22), durante a Operação Fenestra, deflagrada pela Polícia Civil. Ação policial tem objetivo de apurar esquema de desvio de medicamentos da farmácia da Unidade de Pronto Atendimento (Upa Ipase), de Várzea Grande.

Foram cumpridos 4 mandados de prisões preventiva e 8 de busca e apreensão domicilia, além de 4 suspensões do exercício de função pública de agentes públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande. Houve sequestro de veículo pertencente ao superintendente de Saúde do município.

Também foram determinadas 4 medidas cautelares a investigados que responderão em liberdade, como a proibição de frequentarem qualquer unidade de saúde, hospital ou Pronto- Socorro Municipal de Várzea Grande, exceto como pacientes.

As investigações começaram em abril de 2022 e apontaram o envolvimento de servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, dentre eles o superintendente, chefes de farmácia, motoristas e auxiliares.

Conforme a apuração da Delegacia de Combate do Crime Organizado (Deccor), os indícios indicam que os medicamentos eram receptados por um empresário do ramo de medicamentos, que pagava propina, por meio de ‘laranjas’, à agentes públicos. Repasses ocorriam por intermédio de transferências bancárias e compra de veículo, visando a ocultação ilícita dos bens e valores.

Foi constatado ainda que no período de pandemia da covid-19, foi aberta uma janela nos fundos da farmácia da Upa Ipase, supostamente para evitar o contato entre pacientes e servidores, contudo, evidências indicam que foi utilizada para os desvios de medicamentos.

A Deccor identificou alteração irregular no sistema de dados relacionados ao controle de saída de medicamentos da UPA/IPASE para ocultar a dispensa ilícita de remédios, sendo inclusive dispensado medicamentos para paciente já falecidos.

A investigação

Durante as investigações foi demonstrado que as subtrações de medicamentos eram realizadas sob a liderança do Superintendente de Saúde de Várzea Grande, destacando assim em especial a atuação delituosa dos agentes públicos, chefes de farmácia, sem a qual certamente os fatos não ocorreriam em prejuízo da farmácia da Upa de Várzea Grande.

Crimes praticados

Os investigados devem responder pelo crime de associação criminosa, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação, corrupção passiva, extravio de documento e lavagem de dinheiro.

Nome da operação

Fesnestra faz alusão à palavra em latim que significa janela, que foi aberta no fundo da farmácia Upa Ipase no período pandêmico para o desvio de medicamentos.

Reprodução PJC / Montagem GD

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