Suspeito tirou uma foto da redação às 13h50, quando a prova ainda estava em andamento, para encaminhar a uma amiga
A Polícia Federal identificou o suspeito de vazar a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em novembro do ano passado. Com a conclusão das investigações, a pasta informou que o responsável pelo vazamento era uma pessoa contratada para aplicar a prova em Belém, no Pará. O suspeito tirou uma foto da redação às 13h50, quando a prova ainda estava em andamento, para encaminhar a uma amiga, professora.
“A conduta de utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior, pode gerar uma pena de reclusão de um a quatro anos e multa”, informou a PF.
Em nota, o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira) informou que “trabalha no aprimoramento dos protocolos de acompanhamento e segurança da prova e apresentará novas informações em momento oportuno, de forma a não comprometer o sigilo de dados que são essenciais à aplicação segura do Enem deste ano”.
O INEP acionou os investigadores no dia 5 de novembro após imagens da prova serem divulgadas nas redes sociais após o fechamento dos portões, às 13h30. Segundo informações, um arquivo digital do caderno de provas da segunda etapa do Enem 2023 foi enviado por dois cursos preparatórios às 17h32 no dia 12 de novembro. O conteúdo só poderia ser divulgado a partir das 18h, horário mínimo para sair do teste com o exame impresso.
A prova teve início às 13h30 e os candidatos tiveram de responder a 45 questões de matemática e a 45 de física, química e biologia. Para evitar fraudes, o Enem tem quatro cadernos, nas cores rosa, azul, branca e amarela, que apresentam as mesmas questões, mas em ordem diferente.
Fonte: R7