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sexta-feira, julho 26, 2024
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Pesquisa em MT revela o potencial do uso de cartoons em aulas de matemática

Um dos cartoom premiados no III Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática/UNESP – Foto por: Arquivo/pesquisadora

Objetivo do estudo foi compreender como as tecnologias digitais (cartoons) estão sendo criadas e usadas no contexto educacional

Pesquisa feita em Mato Grosso identificou que o uso de cartoons (desenhos/tecnologias digitais com cunho humorístico) influenciam e reorganizam  o raciocínio matemático, possibilitando mudanças no processo de aprendizagem. Realizado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus Barra do Bugres, o estudo intitulado “M@tton, Matemática e cartoons na Educação Básica e Superior de Mato Grosso” é coordenado pela professora doutora Daise Lago Pereira Souto e teve o apoio do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). 

O estudo investigou a produção e uso de cartoons digitais na Educação Básica e nos cursos de Licenciatura em Matemática das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado. O objetivo da pesquisa foi compreender como as tecnologias digitais (cartoons) estão sendo criadas e usadas no contexto educacional, influenciando o raciocínio matemático. Foram produzidos dados com a realização de oficinas com alunos da Educação Básica ao Nível Superior em vários municípios do Estado.


Formação com os multiplicadores dos CEFAPROS( hoje DREs)
Créditos: Arquivo/pesquisadora

A pesquisadora explica que por meio dos cartoons é possível expressar opiniões e pontos de vista de forma criativa, acompanhados de legenda ou não. Essa abordagem é considerada uma maneira diferenciada e rápida de promover debates sobre diversos temas junto ao público-alvo.

A pesquisadora afirmou que todos objetivos do estudo foram alcançados e destacou a importância de discutir os limites e possibilidades das tecnologias utilizadas na produção e uso de cartoons matemáticos digitais. Na pesquisa foram destacadas propostas pedagógicas interdisciplinares, planejamentos de aula mais dinâmicos, motivando os alunos para a aprendizagem e a superação da imagem negativa da matemática como uma disciplina difícil.

Durante a pesquisa, de acordo com a coordenadora,  foram discutidos os processos de aprendizagem da matemática em diferentes níveis de ensino. “Na Educação Básica, observou-se um despertar dos alunos para o interesse em aprender os conceitos apresentados, gerando  a solução de problemas. No ensino superior e na pós-graduação, os resultados sugerem que as tecnologias digitais utilizadas na produção e uso de cartoons digitais funcionaram para a formação de professores e para a reorganização das práticas pedagógicas”.

Segundo Daise, a pesquisa comprovou a importância dos futuros professores refletirem sobre a linguagem matemática adequada, ao produzirem e assistirem aos cartoons. Também reconheceu  a importância do domínio do conteúdo para abordá-lo corretamente e vislumbrar possibilidades de ensino da matemática em conexão com outras áreas do conhecimento e em diferentes contextos sociais, psicológicos, históricos, culturais e econômicos. 

De acordo ainda com a pesquisadora, o projeto atingiu 141 municípios do Estado. Em alguns deles os membros do grupo de pesquisa foram pessoalmente desenvolver atividades e  em outros os formadores da  Diretoria Regional de Educação (DRE), atuaram como multiplicadores. “Oferecemos uma formação presencial em conjunto com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) aos multiplicadores das DREs para que pudessem replicá-las nos municípios e suas abrangências”, falou.

Vários cartoons desenvolvidos nas formações ofertadas pelo grupo de pesquisadores foram   premiados no III Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática, festival nacional promovido pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). O projeto possibilitou uma formação internacional com licenciatura  em matemática na Universidad  de Antioquia (Udea), Colômbia. 

Os dados e cartoons produzidos pelo grupo de pesquisadores podem ser acessados pelo canal: https://gepetd.wixsite.com/gepetd

Fonte: Fapemat

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