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Operação bloqueia madeireiras envolvidas em crimes ambientais contra unidade de conservação no norte de MT

Cinco pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal e posse irregular de arma de fogo

A Operação Ronuro, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso, nesta terça-feira (16.05), contra alvos envolvidos em crimes ambientais em uma unidade de conservação no norte de Mato Grosso, resultou em cinco prisões em flagrante, apreensões de armas de fogo, munições e veículos.

Coordenada pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), a operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão, deferidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais, e conta com apoio da Sema, Indea e das Diretorias do Interior e Atividades Especiais da Polícia Civil.

Nas cidades de Feliz Natal e Nova Ubiratã, as equipes policiais prenderam cinco pessoas em flagrante pelos crimes de posse irregular e porte ilegal de arma de fogo e munições. Quatro detidos, entre eles o vice-prefeito da cidade de Feliz Natal, tiveram as fianças arbitradas pelo crime de posse irregular e depois do pagamento, foram liberados para responder ao inquérito em liberdade. Um preso por porte ilegal de arma de fogo será encaminhado à audiência de custódia da Justiça.




Cinco madeireiras da região estão entre os alvos da operação e foram bloqueadas, com as atividades suspensas por ordem da Justiça, até a conclusão das investigações. As equipes da Polícia Civil permanecerão na região até o levantamento necessário à continuidade das investigações.


 

Investigação

Os alvos da operação são pessoas físicas e jurídicas investigadas por envolvimento na extração ilegal de madeira da Estação Ecológica Rio Ronuro, uma unidade de conservação estadual localizada no município de Nova Ubiratã.

A Dema apurou denúncias que chegaram à unidade apontando que pessoas envolvidas no comércio de madeira na região estavam praticando ilícitos ambientais na estação ecológica. No ano passado, a delegacia intensificou diligências para apurar as informações e identificar os responsáveis pelos crimes ambientais, que danificaram a vegetação nativa da estação.





A Polícia Civil levantou ainda que os envolvidos se associaram criminalmente para cometer os delitos ambientais, que vão de desmatamento e extração de madeira em área protegida ao comércio ilegal de produto florestal. O grupo investigado envolve agentes políticos, madeireiros, empresas transportadoras, pessoas físicas e jurídicas.

A investigação apontou que proprietários das madeireiras utilizam terceiros como ‘laranjas’ para mascarar o comércio irregular da matéria-prima, burlar a administração pública ambiental e fiscal, praticando o crime ambiental e a sonegação de impostos, além do prejuízo ao meio ambiente e social.

“A associação criminosa cometia o desmatamento visando lucro financeiro a qualquer custo, com a destruição da vegetação e sem se preocupar com os danos ambientais, a fauna e tampouco a sociedade local e mato-grossense”, pontuou a delegada titular da Dema, Liliane Murata.

Números da operação

05 presos em flagrante por porte ilegal e posse irregular de arma de fogo

04 armas de fogo (espingardas, revólver e pistola)

150 munições

13 celulares

03 rádios HT

03 notebooks e computador

03 veículos – 2 camionetes e um caminhão

Fonte: Polícia Civil-MT

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