Maciel foi morto atropelado em abril de 2022. Buscas pelo suspeito duraram quase duas semanas (Foto: Divulgação/Patrick Rodrigues, NSC Total)
Crime aconteceu no ano passado na SC-108, durante o plantão do policial militar rodoviário, que trabalhava no posto da Itoupava Central
O motorista que atropelou e matou o policial militar rodoviário de Blumenau Alexandre Maciel na SC-108, em Massaranduba, foi condenado a mais de 30 anos de prisão. O crime aconteceu em abril do ano passado. Nesta sexta-feira (25), Eduardo Coimbra enfrentou o tribunal do júri em Guaramirim, que entendeu ter ocorrido um homicídio qualificado naquela noite de domingo. Durante dias, o condenado permaneceu foragido, aterrorizando moradores da região. Um deles foi surpreendido pelo bandido ao ter a casa invadida e ser feito refém.
Cabo Maciel trabalhava em uma fiscalização montada na rodovia estadual. Ele atendia uma ocorrência envolvendo um condutor embriagado quando percebeu o carro em alta velocidade fugindo de outra guarnição e deu ordem de parada ao veículo. O motorista ignorou e atingiu o agente, que não resistiu aos ferimentos e morreu na sequência.
Conforme apurado pela Polícia Civil e apresentado pelo Ministério Público, depois do atropelamento o condenado abandonou o carro e correu para o mato. No veículo os policiais encontraram a esposa do criminoso trancada. Coimbra permaneceu dias foragido e chegou a cometer outro crime: um roubo.
Naquela mesma semana, enquanto tentava escapar da megaoperação da polícia, o homem assaltou um morador de Massaranduba, levou o carro da vítima, um celular, televisão, cobertor, ferramentas e roupas. Por conta disso, foi condenado também por roubo qualificado por grave ameaça e restrição de liberdade.
Coimbra foi pego quase duas semanas depois do atropelamento. Ele estava escondido em um apartamento do bairro Velha, em Blumenau. Desde então, aguardava o julgamento preso. Agora, decidiu a Justiça, o homem deve cumprir a pena de reclusão de 33 anos e nove meses pelo homicídio, roubo e pela fuga do local.
O assassinato teve como qualificadora o inciso que descreve o delito cometido para “para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime”.
Advogado de Coimbra, Ricardo Wippel disse que o cliente foi réu confesso e que a defesa avaliará se vai recorrer da sentença ou não.
Fonte: NSC Total