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‘Minha maior esperança é ela ter sido sequestrada. Porque se não, ela não sobreviveu’, diz irmã de carioca desaparecida em Israel

Bruna Valeanu estava em uma festa próxima à Faixa de Gaza, interrompida por bombardeios do grupo extremista Hamas. Família não tem notícia dela desde sábado.

A família de Bruna Valeanu, que está entre os brasileiros desaparecidos nos conflitos em Israel, sofre com a falta de notícias da jovem carioca desde o último sábado (7).

Ela estava na festa Universo Paralello, próximo à Faixa de Gaza, interrompida pelo ataque terrorista do Hamas.

“É muito angustiante. Tem mais de 48 horas que a gente não tem notícias da minha irmã. Eu estou um pouco aflita agora, enfim, a gente vai perdendo um pouco as esperanças”, afirmou Nathalia Valeanu, irmã de Bruna.

“Sendo muito sincera, a minha melhor esperança é que ela tenha sido sequestrada. Porque se não, eu acho que é isso, ela não sobreviveu”, contou.

Bruna mora em Israel há 8 anos e faz faculdade de comunicação e marketing.

A mãe e outra irmã de Nathalia estão em Israel e enfrentam dificuldades.

“O governo de Israel não está dando nenhuma assistência. Eu moro aqui no Brasil, mas a minha mãe e a minha outra irmã estão lá. O governo não está ajudando com nada, com nenhuma informação, com nada”, destacou a irmã.

O Ministério das Relações Exteriores informou que contabilizou, até as 14h deste domingo (8), um brasileiro ferido e três desaparecidos.

“Ela [Bruna] foi para esta festa, estava com um grupo grande de amigos, muitos brasileiros e israelenses. Ela acabou se separando, na hora do ataque, das outras amigas dela, que já se salvaram. Ela ficou em um grupo onde estava o Liam, um amigo do trabalho, que é israelense”, contou Nathalia.

“A última coisa que conseguimos foi a localização dela por mensagem. Era uma localização perigosa, onde os terroristas entraram armados em caminhonetes, tanques, motos”, disse a irmã da carioca.

Ajuda só com amigos

Nathalia conta que as informações que a irmã e a mãe, que estão em Israel, tiveram até o momento, foram por meio de amigos que ajudam nas buscas pela jovem.

“Ela disse que ouvia muitos tiros e tinha muitas pessoas feridas. E ela estava no meio de um mato, mas era um lugar que estava meio cercado”, disse.

De acordo com o jornal “The Times of Israel”, ao menos 260 corpos foram encontrados no local após o ataque do Hamas.

O DJ Juarez Petrillo, pai dos DJs Alok e Bhaskar, filmou o momento em que o festival Universo Paralello foi interrompido após a chegada de homens do grupo extremista armado.

Neste domingo, Alok fez um post no Instagram no qual afirmou: “O meu pai foi contratado a se apresentar em um evento que licenciou os direitos de uso do nome do festival, como já aconteceu em diversos outros países. […] ele está seguro em um bunker aguardando direcionamento para retornar ao Brasil”.

A BBC informou que a rave ocorreu no deserto de Negev, no sul de Israel, perto da Faixa de Gaza. A reportagem relatou que os participantes viveram momentos de terror após a chegada de integrantes do grupo extremista Hamas.

Entrevistados afirmaram que havia jipes com homens armados atirando nas pessoas que tentavam fugir a pé ou de carro. Uma mulher disse à agência de notícias de Reuters que teve de se fingir de morta até a chegada do resgate, feito por soldados do Exército de Israel.

Ao g1, um brasileiro que estava no local contou como fugiu e declarou: “Terroristas atiraram na gente, e vimos centenas de corpos nas ruas”.

Fonte: G1

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