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Dez trabalhadores são resgatados em situação análoga à escravidão em Sorriso/MT

SRT-MT

Investigação aponta que empresa utilizava ônibus como alojamento há mais de 20 anos; local estava insalubre e sem infraestrutura básica para moradia.

Trabalhadores resgatados em Sorriso/MT moravam em ônibus sem banheiro usado como alojamento há mais de 20 anos.

Dez trabalhadores da construção civil foram resgatados de condições análogas à escravidão em Sorriso/MT, a 420 km de Cuiabá/MT, durante uma operação da Polícia Civil e da Superintendência Regional do Trabalho de Mato Grosso (SRT-MT).

A ação ocorreu no início de maio, mas foi divulgada nesta terça-feira (27).

O flagrante ocorreu após denúncia à Polícia Civil. Ao chegar ao local, os agentes encontraram os trabalhadores vivendo dentro de um ônibus adaptado, em situação precária.

O veículo estava infestado de baratas, com fiação elétrica improvisada, sem banheiro e com apenas um chuveiro disponível para todos os ocupantes. Não havia qualquer estrutura sanitária adequada, como vaso sanitário.

Segundo os auditores, os trabalhadores relataram desconforto extremo, cansaço constante e ausência total de privacidade. Ainda de acordo com a fiscalização, a empresa responsável informou que utiliza esse tipo de alojamento há mais de duas décadas.

Direitos trabalhista violados

Além das condições degradantes de moradia, foram identificadas diversas irregularidades trabalhistas: os funcionários não tinham carteira assinada, recebiam parte dos salários “por fora”, e não tinham acesso a direitos básicos como pagamento de horas extras, adicional noturno, férias ou 13º salário.

A maioria dos trabalhadores resgatados são do Maranhão. Após a ação, o empregador foi obrigado a formalizar os contratos, pagar as verbas rescisórias com a presença dos auditores e custear a viagem de retorno dos trabalhadores às suas cidades de origem, incluindo alimentação e transporte.

A empresa está sob investigação e pode ser incluída no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecido como “lista suja” do Ministério do Trabalho.

Fonte: PrimeiraPágina

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