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Cuiabá atinge 44ºC e calor extremo marca ano de 2023

Com mais de 5 alertas para temperaturas super elevadas, o ano de 2023 termina como o mais quente dos últimos 125 mil anos, no mundo todo, conforme pesquisa do observatório europeu Copernicus. Mato Grosso foi um dos estados com maiores temperaturas, registrando máxima de 44º, em Cuiabá, como mostrou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Segundo o observatório, a temperatura média do ar na superfície foi de 15,30ºC e 0,85ºC acima média para o mês de outubro de 1991-2020 e 0,40ºC acima da temperatura do outubro mais quente, batendo o recorde de 2019.

Conforme o Copernicus, o recorde foi batido com uma larga diferença de 0,4ºC. Portanto, antes mesmo de concluir o mês de dezembro para encerrar o ano, já está comprovado que 2023 foi o mais quente em 125 mil anos.

Alertas para onda de calor começaram a ser divulgadas pelo instituto no final do mês de agosto. Isso porque previsões apontaram para 5º C acima da média, não só em Cuiabá, mas em várias cidades do interior de Mato Grosso.

Por 3 vezes, Cuiabá foi considerada a cidade mais quente do mundo pelo site “Hot Cities”, que monitora as temperaturas das cidades mundiais em tempo real. No dia 19 de outubro, um relógio no Coxipó, em Cuiabá, chegou a registrar 49ºC.

A Defesa Civil encaminhou diversas vezes SMS aos cuiabanos alertando para a onda de calor e comunicando o risco à saúde. A recomendação era a mesma: evitar exposição ao sol em horários de 10h às 16h, além de beber bastante água, usar roupas largas e chapéus, andar pela sombra e tomar banhos frios.

Não foi só a saúde de muitas pessoas que as ondas de calor prejudicou. O clima quente causou grandes prejuízos aos campos de produção de grãos no estado. A chamada “quebra da safra” diminuiu a produtividade em grande porcentagem esse ano, se comparado a 2022.

A startup A de Agro, que atua na gestão de dados para o agronegócio, apontou que 9 cidades mato-grossenses estiveram “perigo elevado” de quebra de safra, quando a colheita está em risco.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o extremo calor, El Niño, deve durar ainda até abril de 2024. Isso porque o fenômeno se desenvolveu rapidamente em 2023 e pode atingir seu pico no primeiro semestre do próximo ano.

Por Claryssa Amorim

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