Lançamento da iniciativa, previsto para agosto, é adiado de novo; ministro promete passagens por R$ 200 a um público mais amplo
O programa Voa Brasil, que vai disponibilizar a venda de passagens aéreas por R$ 200 a pessoas de baixa e média renda, deve ser ampliado e incluir estudantes do Prouni (Programa Universidade Para Todos), disse, nesta quarta-feira (27), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que assumiu a pasta no último dia 13. Ele substituiu Márcio França, que anunciou, em março, a criação do programa.
França foi remanejado para comandar outro ministério, o da Micro e Pequena Empresa, criado neste mês para acomodar as trocas de ministros feitas pelo governo federal.
O Voa Brasil é uma iniciativa desenvolvida em parceria com o Ministério do Turismo, que tem Celso Sabino como titular, e atende a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por meio do programa, o governo estabelece parcerias com companhias aéreas e fica responsável pelo gerenciamento das passagens não vendidas em voos domésticos, principalmente nos períodos fora da alta temporada.
A ideia inicial era atender, em uma primeira fase, aposentados e pensionistas. Mas, após a troca no comando da pasta de Portos e Aeroportos, o plano está passando por ajustes. A previsão de lançamento, que era no começo do segundo semestre, agora é até o fim do ano.
“Estamos vendo se é possível acrescentar alunos do Prouni, que muitas vezes querem fazer um concurso público em outros estados e não têm como pagar”, falou Costa Filho. A nova proposta ainda não chegou à Casa Civil.
O Prouni é um programa do Ministério da Educação que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior.
Além da inclusão de estudantes, o ministro contou que também está sendo analisada a possibilidade de criar “um Voa Brasil internacional”, focado em alunos de escolas públicas que podem estudar no exterior com bolsas. “Estamos trabalhando isso também com as companhias.”
Costa Filho afirmou que, em breve, também deve apresentar uma solução para o aeroporto internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, que foi leiloado em 2013, por R$ 19 bilhões. A Changi, concessionária responsável pela gestão do local, havia desistido desse ativo em 2022, mas, em fevereiro deste ano, com a mudança no governo, voltou atrás e manifestou intenção de permanecer operando o Galeão.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, esteve em Singapura na primeira quinzena de setembro e confirmou esse interesse da concessionária, mas ressaltou que a decisão depende do governo federal.
Quanto ao outro aeroporto da cidade, o Santos Dumont, o ministro do Turismo afirmou que o governo pretende mantê-lo com a estatal Infraero.
Fonte: R7