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Tony Ramos passa por tomografia e segue estável após cirurgia no cérebro, diz hospital

Ator de 75 anos foi submetido a operação no cérebro em hospital no Rio de Janeiro

O ator Tony Ramos, de 75 anos de idade, que passou por uma cirurgia para drenagem de um hematoma subdural após um sangramento intracraniano, na noite dessa quinta-feira (16), teve quadro atualizado pelo Hospital Samaritano, onde está internado.

A instituição divulgou na tarde desta sexta-feira (17) novo boletim médico sobre o ator: “O Hospital Samaritano Botafogo informa que o ator Tony Ramos foi submetido a uma cirurgia de drenagem de hematoma subdural (sangramento intracraniano) pela equipe do Dr. Paulo Niemeyer, na data de ontem (16/05). O paciente realizou uma nova tomografia de crânio na manhã de hoje (17/05), que mostrou significativa melhora. Tony Ramos respira sem auxílio de aparelhos, está lúcido e seu estado de saúde é estável.”

Entenda o Caso

O ator se sentiu mal durante a manhã, cancelou gravações e foi levado para o hospital, onde foi operado pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho e a cirurgia foi considerada bem-sucedida.

De acordo com informações divulgadas pelo Jornal Nacional, a cirurgia do ator foi para drenar um hematoma subdural, o que pode causar um acúmulo de sangue que exerce pressão no cérebro.

Médico detalha procedimento

O médico Wuilker Knoner, presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, falou sobre a condição que acometeu o ator, que permanece internado no Hospital Samaritano Botafogo, no Rio de Janeiro, ainda sem previsão de alta.

“Um hematoma subdural é um acúmulo de sangue entre a superfície do cérebro e a dura-máter, que é a camada externa das meninges, as membranas que envolvem e protegem o cérebro e a medula espinhal. Esta condição é frequentemente o resultado de uma lesão na cabeça e pode ser grave, pois o sangue acumulado pode aumentar a pressão intracraniana, causando danos cerebrais”, explicou Knoner.

Tony Ramos — Foto: Divulgação/ Globo Filmes
Tony Ramos — Foto: Divulgação/ Globo Filmes

“Quando a causa é uma queda, muitas vezes o paciente não apresenta sintomas imediatamente. Isso é chamado de intervalo lúcido. Eles desenvolvem sintomas dias depois. Por isso, sempre que sentir sintomas neurológicos, como perda de memória, tontura ou fraqueza muscular, as pessoas precisam consultar um médico e tentar fornecer o máximo de informações possível sobre quando e como os sintomas começaram”, destacou o neurocirurgião.

Como é a evolução de quadros como o de Tony Ramos?

Segundo o neurocirurgião Carlo Petitto, graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, o hematoma subdural pode ser agudo ou crônico.

“O hematoma subdural agudo é uma condição geralmente traumática e de uma evolução bastante complicada. Geralmente, é uma emergência médica. O paciente tem um risco alto de evolução para sequelas, danos e óbito se não for atendido de forma pronta e rápida. Mas o caso do Tony Ramos, muito provavelmente é o hematoma subdural crônico”, explica.

O médico esclarece que o hematoma subdural crônico geralmente acomete pessoas de idade mais avançada e ocorre, em geral, por lesão de pequenos vasos, as chamadas ‘veias em ponte’, que deixam o sangramento lento.

“Com isso vai se formando uma cápsula ao redor, e vai crescendo progressivamente. Como é uma doença de evolução lenta e crônica, em geral, não há dano no cérebro propriamente dito. É um hematoma que fica abaixo da calota craniana, ou seja, entre a calota craniana e o cérebro. E vai aumentando devagarzinho”, afirma.

Tony Ramos — Foto: Divulgação/TV Globo
Tony Ramos — Foto: Divulgação/TV Globo

“Como é um hematoma de evolução muito lenta, com sintomas muito frustros [quando os sintomas são atenuados e o quadro clínico se apresenta de modo incompleto], que as pessoas vão deixando um pouco de lado, e vão considerando como fenômenos normais, quando elas vão buscar o médico, em geral, esse hematoma tem um tamanho considerável e o tratamento conservador — só de observação — já não é mais passível de ser feito. Nesse caso o tratamento acaba sendo cirúrgico”, justifica.

Recuperação após a cirurgia

De acordo com o médico, a evolução do quadro de um paciente que passou por uma cirurgia para drenar um hematoma subdural crônico depende de cada caso. “Muitas vezes, os pacientes de idade mais avançada, que são o público-alvo do hematoma subdural crônico, têm múltiplas comorbidades associadas, ou seja, já têm hipertensão arterial de longa data, diabetes de longa data, já podem ter sofrido pequenos infartos ou derrames prévios, ou tem doenças hepáticas e renais, e, muitas vezes, a presença dessas patologias associadas pode modificar o curso da recuperação”, explica.

Fonte: Quem Online

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