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“Senti e vi coisas”, revela triatleta belga sobre poluição do Sena

Jolien Vermeylen soltou o verbo, na quarta-feira (31/7), após sair da competição que quase foi cancelada horas antes da disputa

Há dias, um dos assuntos mais comentados em Paris e nas redes sociais, durante as disputas aquáticas dos Jogos Olímpicos, é a qualidade da água do rio Sena. E, na quarta-feira (31/7), a triatleta belga Jolien Vermeylen soltou o verbo, após sair de mais uma competição.

“Bebi muita água, então saberemos amanhã se estou doente ou não. Não tem gosto de Coca-Cola ou Sprite, é claro. Enquanto nadava sob a ponte, senti e vi coisas nas quais não deveríamos pensar muito”, afirmou ela.

E disparou: “O Sena está sujo há 100 anos, então eles não podem dizer que a segurança dos atletas é prioridade. Isso é besteira. Se a corrida não tivesse acontecido, teria sido uma vergonha para a organização, para Paris, para a França”, analisou.

No fim, ela falou sobre a saúde dos colegas: “Era agora ou nunca, e eles também não podiam cancelar a corrida completamente. Agora eles só precisam torcer para que não haja muitos atletas doentes. Tomei probióticos, bebi meu Yakult, não consegui fazer mais”, disse Jolien ao The Sun.

A triatleta ficou com a 24ª colocação na prova de quarta-feira (31/7). O Sena só foi liberado para sediar a competição quatro horas antes da largada, com a justificativa de que o nível de contaminação por bactérias estava dentro do considerado aceitável pela Federação Internacional de Triatlo.Play Video

Se não houver uma nova proibição, o rio Sena voltará a sediar a disputa do revezamento misto, previsto para segunda-feira, 5. Depois, também vai receber a maratona aquática, no dia 8, enquanto os homens que disputam o triatlo vão cair na água no dia 9 de agosto.

Brasileira brinca sobre rio Sena

A brasileira melhor qualificada na prova do triatlo nas Olimpíadas de Paris optou pelo bom humor ao falar sobre a polêmica em torno da qualidade da água do rio Sena, onde a disputa da natação aconteceu na quarta-feira (31/7). As provas masculinas, que seriam disputadas no dia anterior, chegaram a ser adiadas por falta de condições sanitárias, segundo apontaram testes. E, durante o fim de semana, sucessivas tentativas de realizar os treinos de reconhecimento do local também foram frustradas pelos mesmos problemas.

O principal motivo de queixa da brasileira foi a falta de reconhecimento das águas onde ocorreram as provas de natação. No entanto, ela demonstrou bom humor ao ser perguntada sobre a qualidade da água do rio Sena. “Qualidade da água vamos saber amanhã, quando os goles fizerem efeito aqui dentro”.

Djenyfer Arnold foi a melhor brasileira na disputa. Ela concluiu o circuito em 1h58min45s, na 20ª posição. Mas não escondeu escondeu a insatisfação com seu desempenho ao fim da prova. “Estou meio frustrada. O 20º não era o que eu tinha previsto. Já competi muito melhor. Apesar de ser Olimpíada, nós do circuito mundial estamos adaptadas com as mesmas adversárias. Ainda levei uma penalidade que nem sei o que foi. Tive que pagar 15 segundos, coisa que nunca fiz. Tudo que tinha para dar errado, hoje deu”, lamentou.

Além de Djenyfer, o Brasil também foi representado por Vittória Lopes, que terminou na 25ª colocação, com tempo de 2h00min10s.

“Tietê da Europa”

A qualidade das águas do rio Sena tem sido um ponto controverso nas Olimpíadas de Paris. A prova masculina do triatlo foi adiada e treinos chegaram a ser cancelados por falta de condições sanitárias no local. A situação — como seria de se esperar — virou piada nas redes sociais.

Na quarta-feira (31/7), foram realizadas as provas tanto do triatlo masculino quanto feminino. A competição entre os homens, inicialmente, a prova seria realizada nessa terça-feira (30/7), mas precisou ser adiada pela qualidade das águas do rio Sena.

Testes realizados nesta quarta liberaram a realização das provas no no local. Ainda assim, usuários da rede social X (antigo Twitter) não pouparam críticas à escolha do rio como local de realização das provas e tiraram sarro da situação.

“Os atletas estão disputando as olimpíadas no Rio Tietê da Europa”, comentou um usuário.

A má qualidade da água do rio também atrapalhou a realização de treinos. Assim, os atletas do triatlo precisaram se preparar em piscinas.

Na quarta-feira (31/7), Miguel Hidalgo fez história, já que conseguiu o primeiro top 10 para o Brasil na história do triatlo olímpico. Djenyfer Arnold também teve a melhor classificação do país no feminino, ao ficar em 20º lugar, com 1h58min45s.

Fonte: Metrópoles

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