O sargento da Polícia Militar Willian Ferreira Nascimento foi morto a tiros, neste sábado (21), por um colega, também sargento, dentro do Batalhão da PM de São José do Rio Claro (315 km a Médio Norte). O autor dos disparos foi preso em flagrante. O Comandante-Geral da PM, coronel Alexandre Mendes, lamentou o ocorrido e disse que as circunstâncias serão apuradas em um inquérito policial militar.
Por meio de nota o chefe da PMMT citou que os dois militares já tinhas rusgas antigas e há relatos de animosidade prévia. Ele pontuou que o desentendimento entre os dois sargentos culminou em disparos um contra o outro dentro da Unidade Policial.
Mendes lamentou o episódio, disse que a PM e a cidade de São José do Rio Claro amanheceram de luto e pasmas. Ainda afirmou que casos como este alertam para os cuidados com a saúde mental.
“Resta ainda o alerta que episódios como esse sinalizam a nós, que é o devido cuidado com o ambiente de trabalho e nossa saúde mental, a nos demandar elevado autocontrole”, disse.
Leia a nota na íntegra:
Sobre o episódio em São José do Rio Claro
É com atenção que acompanhamos desde ontem o triste episódio envolvendo dois irmãos de farda. Não apenas a PMMT está consternada, mas, principalmente, São José do Rio Claro, onde esses profissionais dedicaram suas vidas e hoje amanheceu de luto; pasma.
Desde as primeiras informações que davam conta de um desentendimento entre dois sargentos, que culminara em disparos de um contra outro, no interior da Unidade Policial, passando posteriormente a relatos de animosidade prévia entre os dois, inclusive rusgas antigas de conhecimento comum, citações apócrifas inclusive de assédio. Tudo isso, agora povoa as redes sociais bem como foi informado pela imprensa local durante a cobertura e, certamente, será apurado pelo inquérito policial militar. Nada do que circula nas últimas horas deve ser estranho ao trabalho rigoroso da investigação.
Para além da tragédia em que nos cabe imediatamente apoiar familiares, tropa e a cidade de São José do Rio Claro, resta ainda o alerta que episódios como esse sinalizam a nós, que é o devido cuidado com o ambiente de trabalho e nossa saúde mental, a nos demandar elevado autocontrole. Pois, considerando a carga emocional que suportamos bem como os níveis de estresse próprios a quem está no front da segurança pública, é necessário que todos estejamos atentos, cuidando de nossa mente e relacionamentos na caserna. Mas não só. Identificando quem está no limite e precisa de ajuda bem como aqueles que saturam negativamente os relacionamentos.
Encerro dizendo que episódios como ocorrido expressam realidades que muitas vezes só são observadas pela própria consciência e sentimentos de quem vive, e por isso, é tão difícil sua previsão. Cuidemos agora, e curemos, a tropa e a sociedade local que perdeu, cada um à sua maneira, duas referências no combate ao crime.
Alexandre Mendes – Cel PM
Comandante-Geral da PMMT
Por Vinicius Mendes