O deputado estadual em exercício e candidato a vereador por Cuiabá, Rafael Ranalli (PL), disse que a Polícia Federal ainda não o notificou, sobre o procedimento disciplinar instaurado pela Corregederia Regional para avaliar sua conduta. Ranalli é escrivão da PF e exibiu uma arma na cintura aos participantes da convenção partidária do PL, nesta segunda-feira (5).
Ranalli repetiu o que sua assessoria havia enviado à reportagem por meio de nota que tomou conhecimento da movimentação na PF pela mídia.
“Eu fiquei sabendo sobre a situação da Polícia Federal por site e nota de imprensa, oficialmente, ainda não fui notificado ou comunicado. É lógico que, se houver um chamamento, eu atendo de pronto. Sou policial federal e me convocando, eu vou de pronto”, declarou Rafael Ranalli com exclusividade nesta quinta-feira (8).
O deputado falou que está afastado das suas atividades administrativas da PF em decorrências dos preparativos às eleições municipais. Além disso, Ranalli também está envolvido com a Assembleia Legislativa (ALMT) onde ocupa a cadeira do deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) que se licenciou da Casa de Leis para coordenar a campanha à reeleição do irmão, o vereador por Cuiabá, Cezinha Nascimento (União Brasil).
“Até não tenho ido esses dias porque estou de licença para concorrer a vereador. Mas havendo o chamamento vou de pronto esclarecer qualquer dúvida para a Polícia Federal”, frisou.
EPISÓDIO REPERCUTE NEGATIVAMENTE
O episódio foi condenado por parte dos deputados, como Gilberto Cattani (PL), defensor das armas a mulheres vítimas de violência e ao produtores rurais. Conforme Cattani, o correligionário “não tinha necessidade (de mostrar o armamento na convenção)”.
O PT também condenou a conduta e requereu ao Ministério Público que apure eventuais práticas delituosas do pré-candidato a vereador Rafael Ranali (PL) pela ‘exposição ostensiva’ de arma de fogo. O pedido se deu no âmbito de representação eleitoral por suposta propaganda extemporânea por parte de Ranali e outros três pré-candidatos a vereador pelo Partido Liberal.
Por CAMILA RIBEIRO