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terça-feira, novembro 12, 2024
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Promotor público compara advogada a cadela durante julgamento

Walber Nascimento disse que esta é uma tentativa de ‘denegrir’ sua conduta profissional; OAB votou a favor de Catharina Bellut

Um promotor público do Ministério Público do Amazonas (MPAM) comparou uma advogada a uma cadela durante uma audiência em Manaus, capital do Amazonas. Walber Nascimento, que atua como promotor de Justiça há 32 anos, teceu tal comentário enquanto se defendia por ter comparado todas as mulheres a cadelas.

De acordo com o magistrado, relacionar uma cadela com a advogada Catharina Bellut é uma ofensa ao animal.

“Se tem uma característica que o cachorro tem, doutora Catharina, é a lealdade. Eles são leais, são puros, são sinceros, são verdadeiros. No quesito lealdade, e me referindo especificamente a Vossa Excelência, comparar Vossa Excelência com uma cadela é muito ofensivo. Não à Vossa Excelência, mas à cadela”, afirmou Nascimento durante audiência.

A advogada afirmou ter se sentido ofendida pelas falas do promotor público. Segundo Bellut, o juiz que comandava o julgamento teria tentado impedir que o ocorrido durante a sessão fosse registrado em ata.

Por decisão unânime, conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) votaram a favor de Bellut em uma ação relacionada às ofensas sofridas pela advogada.

Já a Associação Amazonense do Ministério Público (AAMP) saiu em defesa de Nascimento. Em nota, a associação afirmou que houve distorção por parte dos advogados dos réus durante o julgamento. “Em momento algum, houve, por parte do representante ministerial, a prática das condutas injustamente imputadas a ele.”

Nas redes sociais, Nascimento publicou a nota da AAMP e afirmou estar sendo alvo de uma tentativa de “denegrir” sua carreira como promotor público.

“Não vou me curvar a tentativas, seja de quem for, de denegrir a minha conduta profissional. Vou tomar as medidas judiciais cabíveis contra todos que criaram essa narrativa de que eu ofendi uma colega advogada no plenário do tribunal do júri.”

A OAB deve acionar o conselho federal com a intenção de inserir o promotor Nascimento na lista de violação de prerrogativas.

Fonte: R7

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