Após denúncia de grave crise habitacional em Sapezal e as promessas não cumpridas pelo prefeito Valcir Casagrande (PL) e seu vice Claudio Scariote (Pode), a prefeitura municipal se viu forçada a dar uma resposta. Além do prefeito e do vice, o secretário de Viação Obras e Serviços Urbanos, Antonio Cogo, e a secretária da Família, Assistência Social e Cidadania, Cristienne Gonçalves, foram mobilizados para tratar do assunto.
Em uma reportagem produzida por uma TV local, o secretário de obras afirmou que as 76 unidades habitacionais já estão em obras, e que as obras de infraestrutura durarão 2 meses. A previsão é que as casas sejam entregues somente em meados de 2024.
No entanto, a gestão municipal mantém a polêmica decisão de emprestar as unidades habitacionais, em vez de doá-las a famílias de baixa renda. O prefeito Valcir Casagrande vem defendendo essa modalidade, mesmo sem ter submetido o projeto à Câmara Municipal de Sapezal para aprovação.
A medida gerou repercussão negativa entre a população, que não vê sentido em “emprestar” as unidades habitacionais. A principal preocupação é que a concessão das casas se torne uma forma de garantir o controle político das famílias beneficiadas.
Essa modalidade de empréstimo levanta questões sobre a real intenção da gestão municipal em ajudar as famílias de baixa renda e sobre a viabilidade do projeto a longo prazo. O descumprimento da promessa de construção de 500 unidades habitacionais reforçam a desconfiança da população em relação ao poder público.
Em meio à indignação da população e à falta de clareza sobre o destino das casas, a atuação da prefeitura de Sapezal tem gerado críticas e questionamentos. Afinal, as promessas não cumpridas pelo prefeito Valcir Casagrande e seu vice Claudio Scariote continuam gerando insatisfação e desconfiança entre a população.
É importante que a Câmara Municipal de Sapezal exerça sua função de fiscalização e análise de projetos, garantindo a transparência e a justiça nas políticas públicas. A população merece ser beneficiada com ações concretas e efetivas, e não com promessas que não passam de promessas.
Por JEAN BORSATTI