Um padre de Primavera do Leste denunciou à Polícia Civil que foi vítima de tentativas de extorsão por parte de um ex-funcionário da paróquia onde atua.
Segundo o registro policial, o suspeito exigia R$ 100 mil para não divulgar imagens e áudios que o comprometeriam.
Conforme o padre, o suspeito , de 21 anos, lhe disse que havia criado um grupo no WhatsApp com algumas pessoas e mandou nele fotos, imagens, áudios e vídeos que comprometem a imagem do religioso.
Para que os integrantes do grupo não divulgassem os conteúdos, o suspeito exigia R$ 100 mil, conforme o boletim de ocorrência registrado no sábado (6).
O padre também diz que o ex-funcionário mente ao acusá-lo de assédio sexual e, por isso, resolveu procurar a Polícia Civil.
“Ele alega assédio sexual. Aí o negócio apertou porque é mentira. Ele quis alegar isso através de um vídeo onde eu, de uma forma infantil de tratar ele, quis alegar assédio. Por isso entramos com um B.O. por ele querer difamar e tirar proveito”, conta.
O padre revelou à reportagem que essa “forma infantil de tratar” consistia em chamar o suspeito de “bebê” e pedir “joga um beijo para o padre”.
O sacerdote também diz que, enquanto o rapaz trabalhava na paróquia, houve problemas de trabalho.
“Nunca imaginávamos que ele alegaria coisas trabalhistas. Existe esse erro, mesmo, vamos fazer o registro [da carteira de trabalho] dele retroativo. De fato, muitas vezes na correria, [eu] perdia a paciência. Tem os áudios de eu brigando com ele, até xingando”.
Ainda segundo o padre, não foi autorizadi o compartilhamento dos arquivos e que não pagaria o valor exigido. Em seguida, bloqueou o contato.
Após a recusa, diz o padre, o rapaz conseguiu entrar em contato novamente e reduziu a exigência para R$ 20 mil. O padre pediu para ver os arquivos, mas o rapaz recusou enviá-los sem receber o dinheiro.
Momentos depois, ainda conforme o boletim de ocorrência, o ex-funcionário voltou a contatar Denis. Conforme o padre, ele enviou-lhe um áudio que continha diversas mentiras que atingiam sua imagem. Para não divulgar, ele exigiu R$ 50 mil, mas logo reduziu a proposta para R$ 30 mil e disse que, se não recebesse, compartilharia os materiais.
Ao perceber que se tratava de uma tentativa de extorsão digital, o padre procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência.
“Eu não queria a exposição da minha imagem. Padre é muito público. Mas isso ele fez de qualquer forma”, conclui.
A polícia investiga o caso.
- Por: Enzo Tres