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“Os robôs vão fazer com que sejamos mais eficientes, rentáveis e sustentáveis”, afirma Roberto Petri, gerente da Agro Baggio, sobre crescimento de 20% dos investimentos em Inteligência Ativa

A revolução no agronegócio é dinâmica, e o uso de robôs agrícolas otimiza a produção e ajuda a reduzir o uso dos insumos. Já não se pensa mais no campo como sinônimo de simplicidade, pois cada vez mais com processos automatizados e conectado aos mais modernos sistemas, o agronegócio está munido de softwares e tecnologias que coletam e analisam dados em todas as etapas da produção.

O agricultor corre contra o tempo para compensar aumento de custos e mudanças no clima, adotando a Inteligência Ativa, extraindo ainda mais valor dos dados coletados por todas as soluções de IoT.

Segundo Roberto Petri, gerente da Agro Baggio, o investimento na inteligência ativa já é bem difundido em Mato Grosso, e é somente o início deste processo, “este é um grande salto que estamos dando nesse momento, lógico que estamos no início, da automação total. Os robôs vão controlar os equipamentos, que vão dar a eles uma autonomia total e que vai gerar um ganho de eficiência gigantesco”, explica Petri.

Para o gerente da Agro Baggio a automação das máquinas através de robôs é um grande passo, e com o uso de sensores e inteligência artificial a máquina ganha autonomia, seja em operações simples como em sua autonomia total, “já temos equipamentos 100% autônomos, a própria John Deere já tem tratores trabalhando nos Estados Unidos que não precisam da presença humana”, comenta.

Com a automação no campo, a eficiência irá crescer e o uso de insumos será mais controlado, “o robô consegue fazer milhões de cálculos ao mesmo tempo e trabalhar incansavelmente, ela vai poder trabalhar 24 horas por dia, sem parar, sem cansar, e com a máxima eficiência possível, ela vai poder fazer milhares de cálculos de variabilidades e de possibilidade e ser dessa forma muito mais eficiente que o ser humano”, afirma.

Em Mato Grosso, algumas máquinas já estão sendo testadas neste sentido, como a autorregulação de uma colheitadeira de grãos, por exemplo, que pode construir uma autorregulagem melhor para ter mais desempenho  na uma limpeza dos grãos, possibilitando uma colheita com uma qualidade melhor, ou um pulverizador com a capacidade de aplicar somente onde está a planta daninha e não aplicar em cima da cultura, sendo 100% assertivo. “Isso vai tornar a produção muito eficiente, econômica e ambientalmente melhor também, porque o uso eficiente dos defensivos de uma forma direcionada vai fazer com que se gaste muito menos e seja mais ambientalmente correto, os robôs vão fazer com que sejamos mais eficientes, rentáveis e mais sustentáveis”, celebra Petri.

O Índice Agrotech, que mede o nível de automação do agronegócio brasileiro da Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), aponta um aumento de 12,5% entre 2019 e 2021.

Segundo o jornalista Marcos Roberto Pinotti, da kron digital, “analistas estimam que o tamanho do mercado global de robôs agrícolas cresça irá crescer de US$ 4,9 bilhões em 2021 para US$ 11,9 bilhões até 2026, a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 19,3%. De acordo com um relatório de pesquisa de mercado publicado pela Meticulous Research, espera-se que o mercado agrícola global de IoT cresça a um CAGR de 15,2% de 2019 a 2027, atingindo um valor de US$ 32,7 bilhões até 2027”, publicou no portal de agronegócio ‘www.comprerural.com.br’.

A Inteligência Ativa baseia-se em dados coletados e compartilhados em tempo real maneira otimizada o que possibilita mais agilidade para a tomada de decisões. Outros avanços que podemos citar para a área do agronegócio seriam o Machine Learning, Big Data, Analytics e IoT, que são competências necessárias para aproveitar os ativos de dados gerados nos campos.

“Uma tecnologia importantíssima que eu poderia citar foi a introdução dos pilotos automáticos, que mudaram muito a interação com as máquinas agrícolas, haja vista que através dos serviços de georreferenciamento (GPS) você começou a entender melhor o trabalho dessas máquinas, ter o direcionamento automático e melhora muito a eficiência desses equipamentos”, afirma o gerente da Agro Baggio.

Para Roberto Petri, um grande ponto que vai impulsionar e vai fazer com que isso fique grande rápido é a falta de mão de obra qualidade no campo, “máquinas que reduzam a possibilidade de erro humano ou em muitas vezes a atuação ativa do operador, e este é o grande ponto, a falta de mão de obra vai fazer com que essa adoção seja rápida e que o pessoal faça o investimento, porque de certa forma ainda tem um custo alto nesse momento, mas a partir do momento em que ela se prova eficiente e reduz o erro humano, vai ser rápido”, conclui.

Por Camila Galvao

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