O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi punido mais uma vez, nesta terça-feira (31), com a inelegibilidade durante oito anos, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dessa vez, a corte eleitoral julgou acusações de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação nas comemorações da Independência do Brasil ocorridas em 7 de setembro de 2022 — quando Bolsonaro era presidente e candidato à reeleição. Com um placar de 5 a 2, o TSE considerou que o ex-presidente e o general Walter Braga Netto, vice na chapa, tiveram conduta indevida e devem ficar inelegíveis até o início de outubro de 2030 (a punição é contada a partir da eleição a que se refere, ou seja, a de 2022).

Entre os ministros que votaram pela inelegibilidade estão o relator das ações, Benedito Gonçalves, e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

Em junho, Bolsonaro havia sido punido pela primeira vez com a inelegibilidade por oito anos devido a uma reunião com embaixadores em 2022 em que ele colocou em dúvida a confiabilidade do processo eleitoral brasileiro. Nesse julgamento anterior, o TSE decidiu não punir Braga Netto. A segunda punição contra Bolsonaro, entretanto, não soma mais anos de inelegibilidade à primeira: o prazo continua sendo 2030. Na rede social X (antigo Twitter), após a decisão do TSE, a conta de Jair Bolsonaro apenas comentou os valores das multas definidas nesta terça-feira, também como punição pela conduta no 7 de setembro: “Novas multas: Bolsonaro: R$ 425.600,00 Braga Neto: R$ 212.800,00.”

Da BBC