De acordo com Bruna Muratori, ela e a mãe vêm sofrendo ameaças e provocações há 15 dias: ‘Infelizmente, estamos procurando apartamentos mais distantes dessa área’
Bruna Muratori diz que a polícia investiga imagens para identificar suposta agressora; informação foi confirmada por comerciante vizinho
Bruna Muratori, 31, diz que não tem medo, mas está um pouco assustada com a movimentação estranha que nas últimas semanas tirou a sua tranquilidade. Até então, viver no McDonald’s do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, vinha sendo “de boa”, mas, segundo ela, o cenário mudou.
Depois de supostas ameaças e provocações a ela e sua mãe, Susane Paula Muratori Geremia, 64, Bruna diz ao F5 ter sofrido uma agressão na noite deste sábado (13). Ela registrou boletim de ocorrência na 14ª Delegacia de Polícia (Leblon) e, com o documento em mãos, conta o que teria acontecido.
“Uma mulher jovem se sentou na mesa ao lado de onde a gente estava. Ela lanchou e começou a me xingar do nada”, afirma. Bruna diz ter preferido não responder às provocações para não criar mais tumulto.
Segundo Bruna, a suposta agressora continuou os ataques verbais na calçada, até que avançou contra ela. “Foi horrível. Corri para a delegacia e registrei a queixa na hora. Agora os policiais pediram as câmeras de várias lojas da rua para as investigações”.
O funcionário de uma loja vizinha confirma que a polícia solicitou as imagens para analisá-las.
“Não dá mais para ficar aqui. Infelizmente, estou vendo alguns apartamentos mais distantes dessa área que nós queríamos ficar. O que der para fechar, vou fechar. Precisamos sair daqui”.
Apesar de negar que responde a processos judiciais (a reportagem apurou que ela, assim como sua mãe, tem seu nome citado em ações por desentendimentos com proprietários de imóveis, além de ser considerada persona non grata em pelo menos três hotéis da zona sul do Rio), a jovem diz que não tem ideia do motivo da suposta agressão. “Nós não temos inimigos”
Bruna diz saber que que muitas pessoas desaprovam a condição dela e da mãe de viverem em uma lanchonete há cinco meses, mas questiona. “Até que ponta duas mulheres podem incomodar tanto moradores de uma das regiões mais nobres do país? O que fizemos ou fazemos de errado?”, reclama.
“A gente não tem ‘perfil’ de morador de rua, né? Já falei e repito:Todo mundo tem problemas dentro de casa e ninguém está longe de passar pelo que nós agora estamos passando”.
Fonte: DA FOLHAPRESS