Os ossos do rosto da médica de 27 anos foram destruídos durante o espancamento causado pelo fisiculturista Pedro Camilo Garcia Castro, de 24 anos, em um apartamento alugado em Moema, zona sul de São Paulo. Segundo o laudo médico, as agressões causaram fraturas múltiplas na face, especialmente do lado esquerdo, além de danos no nariz e nas cavidades paranasais.

Conforme apurado pelo VTV News, a violência foi tão intensa que o próprio agressor fraturou a mão esquerda – o quarto metacarpo – ao golpear o rosto da vítima. A médica permanece internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Santos, na Baixada Santista. Ela ainda não consegue falar ou receber visitas normalmente.

Segundo a advogada Gabriela Manssur, que representa a família, ela permanece sedada, sem condições de falar ou receber visitas normalmente.

Pedro foi preso no início do mês passado e confessou o crime à Polícia Militar, alegando ciúmes como motivação para o ataque. Desde então, a vítima já passou por diversas cirurgias reconstrutivas e segue sob monitoramento intensivo. Segundo Gabriela, os procedimentos buscam evitar sequelas permanentes, conter infecções e reconstruir as áreas mais comprometidas do rosto, como os seios da face, a estrutura nasal e a visão.

“A agressão foi extremamente cruel. Ela perdeu a dignidade, sofreu danos físicos e emocionais profundos. É um quadro de saúde gravíssimo e irreversível em muitos aspectos”, disse a advogada.

A vítima ainda não prestou depoimento formal por conta do estado de saúde. A família acompanha de perto todo o tratamento no hospital.

Inicialmente, o boletim de ocorrência não registrava o crime como tentativa de feminicídio. No entanto, o Ministério Público já pediu a reclassificação e o caso foi encaminhado para a delegacia especializada em crimes contra a vida. A expectativa é de que Pedro responda por tentativa de feminicídio qualificado.