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sexta-feira, dezembro 13, 2024
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Mãe de filho do Jô, preso após não pagar pensão, aceita acordo judicial; jogador quita dívida

Atacante, de 37 anos, estava escalado pelo Amazonas para enfrentar a Ponte Preta, na noite de segunda-feira (6), em Campinas (SP), mas foi encaminhado à cadeia, onde passou a noite

A publicitária Samia Luedy, de 40 anos, mãe de Arthur, de 9, um dos filhos do jogador de futebol , de 37, que reestreou como profissional pelo Amazonas no início deste ano, e foi preso na segunda (6), em Campinas (SP), por falta de pagamento de pensão alimentícia ao menino, conversou com a Quem com exclusividade e garantiu que evitou ao máximo que a situação chegasse ao ponto que chegou. O jogador passou uma noite na cadeia e foi solto na tarde dessa terça-feira (7).

“Nunca tive problema com o Jô. Desde que o meu filho nasceu, eu era bem restrita, não postava nada dele nas redes. Tem muita gente que nem sabe que meu filho é dele. Agora sabem, não teve jeito. Ele nunca apareceu em audiência, em nada. Foi atrasando [o pagamento da pensão] um, dois meses, e o mandado de prisão saiu”, recorda.

“Quando saiu o mandado, fui até o meu advogado e falei: ‘por favor, tente, mais uma vez, entrar em contato diretamente com ele’. Tentei que a prisão não acontecesse. Nós ligamos para o celular dele, mandamos mensagem falando que era do interesse dele, se ele poderia retornar. E ele não retornou. Ontem foi paga a dívida. Foi tudo regularizado. Assinei o acordo dando o meu ok”, conta ela, sem citar os valores devidos pelo atleta. “O processo corre em sigilo”, justifica.

Atraso de um mês

Procurada por QuemRafaela Mendonça de Souza de Araújo, advogada de Jô, confirmou o acordo judicial e a regularização do débito. “O acordo foi feito, quitou-se a diferença que existia, uma vez que, inicialmente, a Samia estava cobrando meses que já tinham sido pagos, ou seja, que foram pagos no decorrer da ação. Havia um mês de atraso na pensão, mas os outros meses que estavam sendo cobrados já tinham sido pagos. Conseguimos acertar as arestas, foi pago e hoje ele está em dia”, explica.

A profissional também não mencionou valores por se tratar de um processo em segredo de Justiça. “Inicialmente, no decorrer da ação de execução, foram vencendo alguns valores, que foram pagos. Hoje afirmo, com certeza, que, quando houve a execução, existia tão somente um mês de pagamento em aberto, os outros meses tinham sido pagos, porém, não foram repassados para o advogado e não sei por qual motivo”, afirma.

“Verificado o que tinha sido pago e o que estava sendo cobrado, chegou-se a um valor bem abaixo ao apontado no mandado de prisão. O valor foi reduzido em mais do que 1/3. Foi pago, e hoje não existe débito, existe um acordo a ser pago de uns valores bem antigos”, conta.

Segundo a advogada, o valor de pensão pago pelo atleta a Samia é uma “pequena fortuna”. “É uma pensão grande. Muito provavelmente existem pessoas com bons empregos que não recebem o valor de pensão que ela recebe. Posso garantir que um trabalhador tem que ralar muito para receber o valor que ela recebe de pensão. A mãe tem que entender que a pensão é destinada única e exclusivamente para a criança”, afirma.

Atrasos e abandono afetivo

Moradora de Ibirataia, no sul da Bahia, Samia alega que, durante muito tempo, não quis falar sobre os atrasos, mas, de uns anos para cá, o atleta passou a atrasar muito. “O pagamento da pensão era todo dia 15, e ele mandava dia 20. Todos os compromissos que tínhamos começaram a atrasar. Tinha que negociar na escola, manejar para pedir para esperar”, recorda.

Segundo a publicitária, o atleta começou a atrasar o pagamento em 2022. “Teve mês que ele só botou metade da pensão ou só foi botar depois de muito tempo, sempre alegando que estava sem emprego, quando ele trocava de clube”, afirma.

Samia lamenta que, além dos atrasos, Jô não ligue para o filho. “Comecei mais a pegar no pé, porque não via a aproximação dele com o Arthur. Teve um abandono afetivo. Tentava que eles se falassem, e parecia que quem era o pai do menino era o advogado do Jô. Quando era aniversário do Jô, o Arthur mandava vídeo para o advogado, que repassava para ele. O advogado que fazia a ponte entre o Arthur e o Jô”, explica.

Quem também entrou em contato com o jogador, já que foi acusado de abandono afetivo, mas não obteve resposta até o momento. O espaço permanece aberto para Jô se pronunciar.

A publicitária conta que o menino só teve contato com o pai em dois momentos na vida: aos 2 anos, quando ela o levou a um hotel onde Jô estava em Salvador para coletar material para o exame de DNA, e aos 4, quando fez uma chamada de vídeo, depois de muitas cobranças ao advogado.

“Ele não tem convivência com o filho. Das vezes que teve, foi porque ameacei procurar a Justiça e tal, pegava no pé do advogado, que promovia o encontro. Na verdade, foram dois encontros pessoalmente e um encontro via FaceTime na época. E para esses encontros acontecerem eu tinha que ter acordado com o advogado, que era bem bacana e maleável com a situação do meu filho”, afirma.

Dor de mãe

Samia conheceu o jogador em Salvador, onde passaram 15 dias juntos. “Na época que me relacionei com o Jô, ele estava separado. Não sabia nada dele. Sou de uma cidade bem pequena no interior da Bahia. Na ocasião, morava em Salvador, onde fazia faculdade de publicidade. Quando engravidei de Arthur, voltei para o interior, onde moro até hoje”, afirma.

Segundo a publicitária, Jô é uma pessoa de difícil acesso. “Se você for perguntar a todas as mães [ele tem 8 filhos, sendo 6 fora do casamento], todas vão confirmar isso. Tenho contato com algumas delas. E todas têm dificuldade para falar com ele. Quando as crianças eram pequenas, até entendia a questão da esposa dele. Mas hoje o meu filho já fala por telefone, manda áudio, escreve e lê. Ele não precisaria me ligar para falar com o filho dele. Ele falaria direto com o Arthur”, argumenta.

O mais difícil para Samia, segundo ela, é ver o amor que o filho nutre pelo pai, mesmo sem ter contato algum com ele. “A única coisa que queria é que ele falasse com meu filho. Meu filho é flamenguista. Quando o Amazonas jogou contra o Flamengo, ele falou: ‘mãe, vou torcer para o meu pai, mas para o Flamengo também. Como é que faço?’ ‘Falei: filho, torce pelos dois’. Acabou que ele nem jogou”, diz. E

“O Jô sempre achou que a prisão [por atraso no pagamento da pensão] não aconteceria. E não estou feliz. Quem estaria feliz com essa situação? Até porque penso no meu filho, independente de qualquer coisa. Esse abandono afetivo dele com o Arthur dói. Ele fica pedindo para ligar para o pai. Só que não pode porque não tenho o número do Jô. Ele me ligou de um número que acredito que seja da esposa dele, por isso não dou para o meu filho”, explica.

Fonte: Quem Online

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