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sábado, julho 27, 2024
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Funcionária de posto afirma que viu droga no local em que policiais brigaram

Uma das funcionárias da conveniência onde foi alvejado o cabo da Polícia Militar Thiago Ruiz afirmou, em depoimento, que viu um “pó branco” no chão, junto aos cacos de vidro próximo à mesa onde a vítima estava com o policial civil Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves. Uma colega dela disse que Thiago aparentava estar tranquilo, mas o amigo de Mário, o advogado Gilson, afirmou em seu depoimento que a vítima teria usado cocaína e estava “até com o nariz branco”.  

Todos os envolvidos já foram ouvidos pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Uma atendente da conveniência relatou que estava no caixa quando o policial civil Walfredo Raimundo Adorno Moura Junior e o cabo da PM Thiago chegaram, isso por volta das 2h30.  

Ela disse que os dois aparentavam estar tranquilos. A funcionária contou que percebeu que Thiago era policial, pois estava com a arma visível.  

A testemunha continuou relatando que Mário chegou com outra pessoa (Gilson) e que Walfredo apresentou eles à vítima. A atendente disse que viu quando se estranharam e Walfredo tentou apaziguar.  

Contou que eles se sentaram, pegaram cervejas e Mário e Thiago continuaram se desentendendo. Ela afirmou que depois de um tempo Thiago foi ao banheiro e depois retornou mais calmo. Um tempo depois a briga teria começado e o policial militar foi alvejado por 9 disparos de arma de fogo.  

A atendente saiu correndo com uma amiga, que também trabalha na conveniência, e chamou a polícia.  

Outra funcionária do local, que ia e voltava do estoque para reabastecer o freezer, relatou que não viu quando os homens chegaram ou quando Thiago e Mário foram apresentados, mas percebeu uma “rixa” entre os dois.  

Em determinado momento, enquanto conversava com sua colega de trabalho, ela afirmou ter ouvido Mário dizer “eu sou policial, em uma situação de confronto eu passaria por cima de qualquer um, eu não consideraria amizade, passaria por cima de Walfredo e de qualquer um”.  

Após a briga e os disparos, quando ela retornou para dentro da conveniência percebeu que no chão, próximo à mesa onde eles estavam, havia um pó branco misturado aos vidros quebrados, segundo ela aparentando ser droga. Porém, disse que não sabia de quem era e não viu ninguém fazendo uso.  

À Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Mário negou que se “estranhou” com o PM, que teria menosprezado ele ou que duvidou que Thiago fosse policial. Após ter tomado a arma do cabo, sem explicar o motivo disso, ele confirmou que os dois brigaram e ficou com medo de morrer quando o revólver de Thiago foi tomada de sua mão.  

Mário disse que imaginou que o PM estava com a arma.  Na realidade, quem pegou a arma foi o amigo dele, Gilson, que decidiu intervir na briga.  

Gilson, inclusive, desmentiu a versão do policial civil e afirmou que ele e Thiago se estranharam desde o início. Também confirmou que Mário lhe disse que estava desconfiado que Thiago não era policial, porém não explicou o motivo da desconfiança.   

Ao final de seu depoimento, ele contou que não sabia quanta bebida Mário havia ingerido, mas estava consciente. Afirmou também que Thiago estava “aparentando estar alucinado” e percebeu que ele estava usando cocaína, pois “estava até com o nariz branco”, divergindo da versão apresentada pela funcionária do posto, que disse que a vítima estava tranquila.

Por Vinicius Mendes

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