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Em relatório sobre óvnis, Nasa diz não haver evidências de origem extraterrestre nesses fenômenos

Documento define um protocolo com regras de como deve ser feita a coleta de dados a fim de avançar na compreensão científica sobre o tema. Segundo a agência, a falta de informações confiáveis é um dos principais desafios.

A Nasa, agência espacial norte-americana, divulgou nesta quinta-feira (14) as conclusões do relatório do painel de especialistas independentes criado para definir regras sobre o estudo de “fenômenos anômalos não identificados” (UAPs, na sigla em inglês), popularmente chamados de óvnis (objetos voadores não identificados).

O documento, de 36 páginas, estabelece um protocolo com regras e abordagem científica para o estudo futuro desses óvnis e não faz a análise de objetos previamente avistados.

👉 Como já havia indicado em maio, quando discutiu publicamente o tema, a agência voltou a dizer que, atualmente, NÃO há evidência de origem extraterrestre para tais fenômenos.

“A equipe de estudo independente da Nasa não encontrou nenhuma evidência de que os óvnis tenham origem extraterrestre, mas não sabemos o que são esses óvnis.” — Bill Nelson, diretor da Nasa em entrevista a jornalistas sobre o relatório

O documento afirma que “não há razão para concluir que os relatórios existentes de óvnis tenham uma fonte extraterrestre”, mas não descarta que possam vir a surgir elementos no sentido contrário.

Entrevista coletiva do painel da Nasa sobre o resultado do relatório oficial de óvnis. — Foto: Nasa/Reprodução

Entrevista coletiva do painel da Nasa sobre o resultado do relatório oficial de óvnis. — Foto: Nasa/Reprodução


“Está em nosso DNA explorar e perguntar por que as coisas são como são. (…) E há muito mais para aprendermos.” — Bill Nelson, diretor da Nasa

O que diz o relatório

Em resumo, os principais pontos do documento afirmam que:

  • A Nasa pode contribuir nos estudos sobre os chamados Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAPs) com base em evidências e dados.
  • No entanto, a falta de dados confiáveis é um dos principais desafios enfrentados pela agência na compreensão da origem desses objetos.
  • Por isso, a agência enfatiza a necessidade de promover a transparência e melhorar a coleta de dados por meio de imagens de satélitesinteligência artificial e crowdsourcing (processo coletivo).
  • Além disso, a Nasa considera os UAPs como um tema de interesse para a segurança nacional e a segurança aérea dos Estados Unidos. Um dos temores do governo americano é que esses objetos sejam, na verdade, de algum rival militar, como China e Rússia.
  • O relatório também esclarece que, hoje em dia, não há evidências de que os UAPs tenham origem extraterrestre.
  • A agência estabeleceu um banco de dados robusto para avaliar futuros fenômenos.

Ao longo do documento, a transparência, a análise rigorosa e envolvimento público são enfatizados como fundamentais para o estudo desses fenômenos.

Investigação independente

A investigação independente da Nasa, dirigida por um grupo de cientistas e especialistas em aeronáutica, foi anunciada pela agência no ano passado.

A iniciativa não tem relação com a audiência do Congresso dos Estados Unidos em julho e a investigação de 2022 baseada no Pentágono de fenômenos aéreos do tipo, documentados nos últimos anos por aviadores militares e analisados por autoridades de defesa e inteligência do país.

No mês de maio deste ano, a Nasa debateu publicamente, pela primeira vez, a análise da sua investigação independente.

O principal intuito do grupo é que não haja descrédito em torno do assunto, o que pode atrapalhar as investigações.

“Discussões como essa são fundamentais para combater o estigma em torno desse tema”, disse à época Daniel Evans, astrofísico encarregado da Nasa para coordenar o estudo.

Ainda de acordo com a agência espacial, outro mote da investigação se concentra na análise de dados já disponíveis, na avaliação de uma melhor forma de coletar dados futuros e em um cálculo de como a Nasa poderá usar essas informações para avançar a compreensão da comunidade científica sobre o tema.

Fonte: G1

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