O prefeito de Diamantino, Manoel Loureiro Neto (MDB), foi gravado por um empresário contando dinheiro supostamente recebido como propina. As imagens embasaram o pedido feito à justiça pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso para justificar a busca e apreensão contra o gestor.
Loureiro foi alvo da “Operação Avaritia”, deflagrada na manhã da última terça-feira (15), pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e pelo Naco – Núcleo de Competência Originária.
Os agentes realizaram buscas na sede da prefeitura e na residência do gestor.
De acordo com a denúncia, o prefeito estaria pedindo propina a empresários que mantinham contratos com a prefeitura para autorizar e liberar os valores devidos pelo município a empresas prestadoras de serviços.
Um empresário foi ao Ministério Público em Diamantino, e entregou documentos e vídeos que mostrariam o pedido de vantagem indevida por parte do prefeito. O empresário disponibilizou ainda o aparelho celular para que os investigadores possam ter acesso ao histórico de conversas entre ele e o prefeito.
O empresário acusa o chefe do executivo de cobrar 10% de propina nos pagamentos. Segundo as investigações, Manoel se referia ao dinheiro como “documento”. No vídeo entregue ao Ministério Público, Manoel conta maços de dinheiro com notas de R$ 100 e R$ 50.
Agora que o escândalo veio à tona, o prefeito corre risco de ter o mandato cassado.
Por outro lado, o prefeito Manoel Loureiro reafirma que não coopera ou contribui para atividades ilegais sejam por quaisquer formas. E repudia a atribuição destes atos à sua conduta.
Nesta quinta-feira, o Tribunal de Justiça negou a autorização para afastar o prefeito de Diamantino do cargo, mas suspendeu o sigilo do processo que investiga Manoel Loureiro Neto.
(Redação EB, com informações de Sapicuá RN; Foto: Reprodução WEB)