Mato Grosso ocupa a 11ª posição no ranking de tarifas praticadas por 102 distribuidoras de energia elétrica no país. Com valor médio de R$ 0,88 por quilowatts-hora (kWh), a tarifa convencional vigente no estado desde 08 de abril de 2023 será revisada novamente no próximo dia 8 de abril, informa a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Atualmente, o valor médio tarifário da energia em Mato Grosso só fica abaixo dos valores mantidos por distribuidoras nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Sul e Pará, conforme dados disponíveis para consulta pública no site da agência reguladora.
Em 2024 a conta de luz dos brasileiros deve subir aproximadamente 5,6%, segundo projeção do diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa. Na semana passada, o diretor-geral da Aneel se reuniu com o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União) no intuito de buscar alternativas para reduzir o custo tarifário da energia para os consumidores mato-grossenses.
“Conversamos com a Aneel porque o modelo tarifário brasileiro hoje está penalizando sobremaneira o estado. A tarifa de Mato Grosso está entre as 3 mais caras do Brasil, porque somos um estado muito grande, com poucos consumidores e que demanda grandes investimentos em infraestrutura. Todo investimento é pago pelos consumidores, pela tarifa, por isso ela (distribuidora) vai dosando esse investimento. Estamos dialogando com a agência, vamos trabalhar na direção de alteração do modelo tarifário brasileiro”, disse Mendes, durante entrevista coletiva de imprensa na última semana.
De acordo com o diretor-geral da Aneel, o órgão regulador está buscando integração com os governos federal, estaduais e municipais para enfrentar as adversidades climáticas. A mobilização é buscada após registros de eventos climáticos que afetaram o fornecimento de energia elétrica em diversos estados brasileiros.
Na abertura da 1ª reunião da diretoria colegiada de 2024, nesta terça-feira, 23, Sandoval citou os leilões de transmissão realizados em 2023, a expansão de 10,3 gigawatts (GW) na geração energética puxada por 80% da matriz elétrica brasileira e a realização de leilões de transmissão nos próximos meses, bem como a publicação de agenda regulatória para o período de 2024-2025. (Com informações da Agência Estado).
Por Silvana Bazani