Na última semana, as chuvas pontuais na região do Pantanal mato-grossense ajudaram a aplacar o fogo que consumia a região há mais de um mês. Apesar da trégua, os focos de calor permanecem no local, representando risco de novos incêndios e também à segurança dos animais. Além disso, não há orientação a turistas e pessoas que vivem na região sobre a situação atual.
Na quinta-feira (23) foi realizada uma audiência pública na Assembleia de Mato-Grosso (ALMT), para debater a sitação atual, bem como medidas preventivas e de combate às queimadas. Encontro foi proposto pelo deputado Lúdio Cabral (PT) e reuniu representantes da Secretária de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e organizações não governamentais (ONG’s) que vem atuando na região.
Durante a audiência, Carla Sássi, representante do Grupo de Resgate de Animais em Desastre (Grad), enfatizou que não houve políticas de prevenção e manejo de fauna, assim como inexiste orientação aos turistas.“Já são milhares de animais atingidos, entre anfíbios, repteis, pequenos mamíferos. A fauna está sendo muito impactada, é muito difícil de se mensurado e a gente não vê o Estado realizando nenhum tipo de trabalho a campo, nem antes dos incêndios, nem agora”, acusou a ativista.
As chuvas dos últimos dias ajudaram os brigadistas conter os principais focos de incêndios, mas a região possui características que dificultam a ação de combate, já que muitas vezes o fogo segue na parte subterrânea. Assim, é essencial um solo mais encharcado para ser totalmente controlado, com isso é alto o risco de retorno desses focos, sendo necessária a atenção na região.
Por Arielly Barth