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Onze pessoas são esfaqueadas em trem para Londres; o que se sabe sobre o ataque

Onze pessoas ficaram feridas após um ataque múltiplo com arma branca na noite de sábado em um trem com destino a Londres. Duas delas continuam em estado grave, com risco de vida.

Dois suspeitos britânicos foram presos por tentativa de homicídio, de 32 e 35 anos, segundo informou a polícia.

A polícia antiterrorista do Reino Unido participa da investigação do incidente, que ocorreu durante uma viagem entre a estação de Doncaster, no centro do Reino Unido, e a estação de King’s Cross, na capital.

Ao longo do dia, autoridades afirmaram que não há nada que sugira que se trate de um incidente terrorista e pediu à população que forneça qualquer informação adicional.

Até o início da tarde deste domingo, 2/11, ao menos quatro já tinham recebido alta.

O que se sabe

O incidente “foi declarado como grave e a unidade antiterrorista está apoiando nossa investigação enquanto trabalhamos para estabelecer as circunstâncias e a motivação deste evento”, indicou.

As autoridades confirmaram que não houve mortos e, até o momento, não divulgaram informações sobre a identidade dos feridos.

Os serviços de emergência — incluindo agentes armados e helicópteros médicos — responderam imediatamente quando o comboio chegou à estação de Huntingdon.

Imagens divulgadas do local mostraram policiais com trajes forenses e um cão farejador na plataforma.

Policiais na estação
Legenda da foto,A polícia realizou uma ampla operação no local

De acordo com a Polícia de Cambridgeshire, que também respondeu ao incidente, os agentes armados foram alertados às 19h39 (horário local, 16h39 de Brasília) e dirigiram-se rapidamente à estação de Huntingdon.

Durante a resposta inicial, as forças de segurança ativaram o código interno que indica um possível “ataque terrorista em andamento”, mas mais tarde o retiraram.

Até o momento, não foram divulgadas informações que possam esclarecer o possível motivo do ataque.

“Estamos realizando investigações urgentes para determinar o que aconteceu, e pode levar algum tempo para confirmar mais detalhes”, declarou o superintendente da polícia Chris Casey, em declarações recolhidas pela agência AP.

Ele acrescentou que “nesta fase inicial, não seria apropriado especular sobre as causas do incidente”.

Cenas de terror

Testemunhas oculares descreveram cenas de pânico quando o trem chegou a Huntingdon.

Dean McFarlane, funcionário do metrô de Londres que estava na plataforma, relatou à BBC que viu o trem chegar com um passageiro ferido a bordo.

“Vi várias pessoas correndo pela plataforma sangrando, uma delas completamente coberta de sangue com uma camisa branca”, declarou.

Ele explicou que tentou ajudar aqueles que estavam tendo ataques de pânico e pediu aos outros passageiros que abandonassem a estação.

A rápida ação policial permitiu conter o incidente assim que o trem chegou à estação.

Ao longo da noite, os investigadores trabalharam no local recolhendo provas, enquanto a área permanecia isolada.

Tom McLachlan, 19 anos, estava viajando na parte de trás do trem, longe do vagão onde, segundo entendemos, ocorreu o ataque.

Ele diz que percebeu que algo estava errado quando ouviu o alarme soar várias vezes e viu várias pessoas tentando se afastar dos vagões do meio enquanto alguém gritava: “Ele foi esfaqueado”.

Então, o pânico se instalou. “Vi várias pessoas saindo do trem completamente cobertas de sangue”, diz ele.

Quando o trem fez uma parada não programada em Huntingdon, ele e outros passageiros saíram correndo do trem. Tom então tentou ajudar uma das vítimas “que havia sido esfaqueada nas costas, aplicando pressão”, mas teve que começar a correr novamente.

“Segundos depois, todos começaram a correr, pois o agressor havia saído do trem e ainda estava com a faca, então tive que deixar o homem ferido e fugir da estação para minha própria segurança”, diz ele.

A resposta de emergência ocorreu logo em seguida, de modo que o homem ferido foi socorrido muito rapidamente.

Carro da polícia
Legenda da foto,As autoridades investigam a causa do incidente.

As primeiras reações

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou sua solidariedade às vítimas.

“Meus pensamentos estão com todos os afetados por este terrível incidente”, afirmou.

Por sua vez, o prefeito de Cambridgeshire e Peterborough, Paul Bristow, afirmou ter ouvido “descrições horríveis do que aconteceu no trem”, segundo palavras recolhidas pela AP.

A empresa London North Eastern Railway (LNER), que opera a linha principal da costa leste do Reino Unido, confirmou que o ataque ocorreu a bordo de um de seus trens e pediu aos passageiros que evitassem viajar devido às “graves interrupções” causadas pela investigação.

Enquanto isso, o tráfego ferroviário na linha Doncaster-Londres King’s Cross continuava interrompido neste domingo, aguardando a reabertura da estação e a conclusão das investigações.

As autoridades reiteraram que a investigação continua aberta e pediram à população que evite espalhar rumores ou especulações sobre as causas do ataque.

“Estamos totalmente comprometidos em esclarecer o que aconteceu e garantir a segurança de todos os passageiros”, afirmou a Polícia de Transportes Britânica.

O incidente ocorre em um momento delicado em relação à segurança pública no Reino Unido, onde a polícia mantém uma cooperação ativa com as unidades antiterroristas para avaliar a natureza desse tipo de ataque antes de descartar qualquer motivação extremista.

Por Atahualpa Amerise

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