Fachin votou para rejeitar a denúncia; STF informou que o ministro se declarou impedido porque atuou como advogado no processo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin se declarou impedido de julgar uma ação de corrupção contra a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, referente à Operação Lava Jato. Zanin foi indicado à Corte pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os ministros julgam o processo em plenário virtual até 20 de novembro.
Em nota, o STF informou que o ministro se declarou impedido e não vai participar do julgamento porque atuou como advogado em um processo que foi aberto a partir do inquérito que está sendo analisado.
Na modalidade virtual, os ministros não discutem a ação, apenas apresentam seus votos. Se há um pedido de vista, a sessão é suspensa. Quando há um pedido de destaque, o caso é levado ao plenário físico.
De acordo com o Supremo, o caso é uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2018, contra Gleisi Hoffmann, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-ministros Paulo Bernardo Silva e Antonio Palocci Filho e contra os empresários Marcelo Bahia Odebrecht e Leones Dall’agnol, pela suposta prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais.
Em 2019, a denúncia foi desmembrada, mantendo-se no STF a acusação contra Gleisi, Paulo Bernardo, Leones e Marcelo Odebrecht.
Até o momento, apenas o ministro relator, Edson Fachin, votou para rejeitar a denúncia de corrupção. Para Fachin, a PGR não apresentou provas suficientemente sólidas para que a denúncia pudesse ser confirmada.
Fonte: R7