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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Super-ricos de Mato Grosso têm renda de R$ 225 mil ao mês

O aumento do poder econômico do agronegócio no Brasil, nos últimos anos, foi destaque em matéria publicada nesta quinta-feira (25) no jornal O Globo. Segundo levantamento do economista Sérgio Gobetti, do Observatório de Política Fiscal da Fundação Getulio Vargas (FGV), a renda média anual dos “super-ricos” mato-grossenses, basicamente os produtores rurais do Estado, ficou em R$ 2,7 milhões. Isso significa uma renda mensal de R$ 225 mil.

A matéria destaca ainda que Mato Grosso era o 11º PIB per capita do Brasil em 2002. Em 2021 ultrapassou o estado de São Paulo e se tornou o 2º maior.

Com forte presença do agro, a renda dos mais ricos cresceu 115% em Mato Grosso em 2022– em média essa renda é 248 vezes maior do que o ganho da classe média.

Essa força política está migrando para os atores agrícolas, são grandes produtores, traders, empresas industriais ampliando seu espaço. E a prova disso está no Congresso, com as bancadas do agro no Senado e na Câmara. Nunca teve no Congresso uma bancada de apoio à indústria”, disse o economista Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, em entrevista para o jornal carioca.

As análises com base nos dados do IRPF oferecem fortes evidências de que a concentração de renda no topo cresceu significativamente no período recente, destoando do ocorrido na década anterior pelo menos, mas ao mesmo tempo indica que o crescimento da renda no topo apresenta fortes diferenças regionais, tendo sido mais pronunciado em estados cuja economia, em geral, é dominada pelo agronegócio. E isso ocorreu num período em que a renda média do brasileiro apresentou uma das piores performances das últimas décadas, dada a estagnação do valor real dos salários e de outros indicadores”, sustenta o estudo.

Esse enriquecimento fica evidente, por exemplo, nos empreendimentos residenciais lançados na capital do Estado, onde os compradores exigem imóveis assinados por profissionais de engenharia e paisagismo premiados. E tem que ter pelo menos três vagas de garagem por unidade.

Nos condomínios horizontais, não podem faltar áreas de lazer, academias, restaurantes e quadras cobertas, segundo Marco Pessoz, presidente da Secovi de Mato Grosso, em entrevista para o Globo.

O metro quadrado de (imóveis de) luxo é negociado de R$ 10 mil a R$ 12 mil. Em alguns casos, é ainda mais caro”, diz, citando como exemplo um produto “super luxo” lançado na cidade no ano passado e que foi um sucesso.

Por APARECIDO CARMO

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