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Sargento da PM diz que encontrou filha caída e sobrinha disse antes de correr: “Desculpa tio”

O 2º sargento da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, Elienay Pinheiro Oliveira, 43 anos, pai da pequena Eloá Victoria Silva Oliveira, 2 anos, morta por um disparo de arma de fogo acidental, declarou em depoimento que após escutar o barulho, entrou no quarto, encontrou a filha caída, sua arma de fogo em cima da cama e sua sobrinha em pé, que o olhou e disse: “Desculpa tio” e depois a menor correu.

O incidente ocorreu na manhã dessa quinta-feira (11.05), na residência da família, no bairro Santa Cruz, em Cuiabá, e a menor de 5 anos teria atirado acidentalmente na prima Eloá. 

Em depoimento, o militar relatou que estavam na casa, ele na cozinha preparando o almoço, a filha de 2 anos, o filho de 8 anos e a sobrinha de 5 anos, no quarto assistindo televisão e nos fundos da residência, em uma edícula, estavam sua mãe de 84 anos e seu sobrinho A.S. da C.O., 34 anos, pai da menina de 5 anos. Pai e filha são moradores do Estado do Rio Janeiro e estavam na casa do policial de férias desde o dia 06 de maio.

O sargento contou quando escutou o barulho, correu no quarto e se deparou com cena. Ele disse que seu filho de 8 anos gritava e ele pediu para o menor deixar o quarto e não visse aquela cena. O policial então constatou o local que a filha foi atingida e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo que os socorristas sugeriram que ele fizesse massagem cardíaca na filha até a chegada da equipe.

Quando a equipe do Samu chegou no local, um dos socorristas pegou a arma de fogo que ainda estava em cima da cama, desmuniciou-a e colocou na cintura.

Elienay contou que escutou a conversa dos atendentes e entendeu que sua filha já estava morta. Ele então foi levado para outro quarto, pois teria ficado indignado com a constatação do óbito. Uma guarnição da Polícia Militar chegou no local, e alguns dos militares fizeram companhia para o colega de farda, até a chegada de familiares, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e Polícia Civil.

O sargento respondeu aos questionamentos do interrogatório e por final disse que toda a situação estava parecendo um pesadelo, pois para ele, a filha Eloá era sua princesa.

Após o depoimento do pai da vítima, o tio, pai da menor que presenciou a cena também foi interrogado. A.S. da C.O., relatou uma versão um pouco diferente da contada pelo policial de onde as crianças estavam antes do momento do disparo da arma de fogo. No depoimento ele relatou um pouco o que filha teria contado.

Segundo ele, estava na casa da avó, na parte dos fundos da residência do tio, quando escutou um barulho e achou que teria vindo da casa do lado, no entanto, quando viu o tio Elienay aparecer ao telefone e sua filha vindo correndo em sua direção, percebeu que se tratava de um disparo de arma de fogo e que a atingida seria a pequena Eloá.

O sobrinho do policial disse que, ligou para Raquel, mãe da Eloá e pediu que ela fosse para casa, pois teria ocorrido um acidente, e em seguida ficou com a filha que estava assustada. Ele disse que não chegou a entrar no quarto onde estava Eloá já sem vida.

Ainda no depoimento, ele contou que a filha estava muito assustada e não disse nada do que aconteceu no quarto. Contudo, mais tarde, segundo ele, a menor teria relatado que estava na sala assistindo televisão, quando Eloá saiu do quarto dos pais e disse para ela: “venha ver o que eu achei”, a menina disse que seguiu Eloá e viu quando ela abriu a gaveta e procurou a arma para mostrá-la, e logo que a vítima pegou a arma, houve o disparo. A menina disse que após o disparo, o irmão da Eloá, que estava na sala fazendo tarefa da escola, entrou e em seguida seu tio Elienay.

A.S. da C.O., relatou estar muito abalado e sentido com o ocorrido, e que sua filha estava “meio aérea”, sem entender a situação. Ele afirmou que a filha nunca havia mexido ou visto uma arma de fogo.

Por Gislaine Morais

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