24.6 C
Mato Grosso
quinta-feira, outubro 17, 2024
spot_img
HomeAgronegócioRebanho bovino brasileiro alcançou recorde de 234,4 milhões de animais em 2022

Rebanho bovino brasileiro alcançou recorde de 234,4 milhões de animais em 2022

Todos os efetivos animais apresentaram crescimento, à exceção de codornas

O rebanho bovino brasileiro alcançou novo recorde de 234,4 milhões de animais, em 2022, com alta de 4,3% em relação ao ano anterior. Os dados constam da Pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2022 divulgada, na última quinta-feira (21), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa englobou os efetivos da pecuária dos municípios, dados da produção de origem animal e o valor referentes a 2022.

Todos os efetivos animais apresentaram crescimento, à exceção de codornas (-8,2%). Os plantéis de bovinos e suínos aumentaram 4,3% cada um; o de bubalinos 3%; equinos, 0,9%; caprinos, 3,9%; ovinos, 4,7%; galináceos, 3,8%; e galinhas, 2,4%. Houve ainda recorde nas produções de mel, que cresceu 9,5%, e de ovos de galinha com alta de 1,3%.

Rebanho bovino

Mato Grosso lidera o rebanho bovino com 34,2 milhões de cabeças, ou 14,6% do efetivo nacional. Em seguida veio o Pará (10,6%) ultrapassando Goiás (10,4%). No ranking municipal, São Félix do Xingu (PA) manteve a liderança, alcançando 2,5 milhões de cabeças.

Criações de suínos e de galináceos

O rebanho de suínos cresceu 4,3%, em 2022, chegando ao recorde de 44,4 milhões de animais. A região Sul reúne 51,9% do efetivo nacional. 

O efetivo de galináceos (galos, galinhas, frangos, frangas, pintos e pintainhas) subiu 3,8% também atingindo o recorde de 1,6 bilhão de animais, com destaque para o Paraná com 470,3 milhões (29,7%). A região Sul lidera com 49,3%. 

O Brasil é o maior exportador mundial de frangos e a região Sul, liderada pelo Paraná, concentra a maior parte do abate de frangos do Brasil. 

Em 2022, o Brasil teve incrementos no abate e nas exportações, esta última influenciada pelos casos de gripe aviária nos principais países produtores de frangos, visto que o Brasil é livre da doença.

Cascavel (PR), em 2021 e em 2022, manteve a maior quantidade de galináceos do País (21,1 milhões de cabeças), seguido agora por Itaberaí (GO), com 16,2 milhões de galináceos, e por Santa Maria de Jetibá (ES), com 15,7 milhões de galináceos, dos quais 13,0 milhões são galinhas, o maior efetivo do país.

Criação de galinhas

O efetivo nacional de galinhas, em 2022, chegou a 259,5 milhões e o Sudeste foi responsável por 35,1% desse total, ou 91,2 milhões de animais. São Paulo lidera, com 21,2% do total nacional de galinhas. Santa Maria de Jetibá (ES), com 13,0 milhões de galinhas, tem o maior efetivo do país, seguido por Bastos (SP), com 11 milhões, e Primavera do Leste (MT) com 4,3 milhões de galinhas.

A produção de ovos de galinha subiu 1,3% para o recorde de 4,9 bilhões de dúzias. O Sudeste destaca-se com 39,9%, seguido do Sul com 23,1% e o Nordeste, com 19,6%. 

Piscicultura

A produção nacional de peixes atingiu novo recorde de 617,3 mil toneladas. A atividade segue em franca ascensão no País, com destaque para a produção de tilápia, que representou 66,1% do total de peixes produzidos. O valor de produção total também apresentou aumento (16,4%), chegando a R$ 5,7 bilhões. 

O Paraná, maior produtor de peixes, produziu 27,1% da produção nacional e 75,7% da região Sul. Rondônia apareceu na segunda posição, tendo se destacado na criação de peixes redondos.

Produção de leite

A produção de leite foi estimada em 34,6 bilhões de litros, em 2022, recuo de 1,6%. A alta dos custos e a redução das margens têm desestimulado a produção. 

O número de vacas ordenhadas caiu 1% e representou 6,7% do efetivo total de bovinos em 2022, o que pode indicar desinvestimento na produção de leite – observamos que produtores estão migrando ou arrendando terras para a produção de grãos, como a soja, estimulados pelas altas nos preços dos grãos nos últimos anos.

Os estados do Sul mantiveram a liderança com participação de 33,8%, seguido de perto pelo Sudeste com 33,6%. 

Minas Gerais manteve a maior produção, com 27,1% do total ou 9,4 bilhões de litros. Entre os municípios a liderança permanece de Castro (PR), com 426,6 milhões de litros. Carambeí (PR) ficou em segundo lugar, com 255,6 milhões de litros. 

Produção de mel 

A produção brasileira de mel registrou recorde de 61 mil toneladas, alta de 9,5%. A região Nordeste puxou o resultado com incremento de 16,5% na sua produção. 

Já o ranking estadual se manteve com o Rio Grande do Sul e Paraná.

Valor da produção pecuária atinge R$116,3 bilhões

O valor de produção de todos os produtos pecuários levantados na pesquisa, incluindo os da aquicultura, chegou a R$116,3 bilhões, aumento de 17,5%.

A produção de leite concentrou 68,8% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (22,4%). 

No ranking municipal, considerando os seis principais produtos (leite, ovos de galinha, ovos de codorna, mel, lã e casulos de bicho-da-seda), Santa Maria de Jetibá (ES) apresentou o maior valor da produção, com R$ 1,6 bilhão, dos quais 95,0% são provenientes da venda de ovos de galinha, produto no qual lidera o ranking.

Castro (PR) assumiu a segunda posição com R$ 1,2 bilhão, 98,7% proveniente da produção de leite. 

Bastos (SP) é o segundo maior produtor nacional de ovos de galinha.

Com informações do IBGE

Fonte: Mapa

Noticias Relacionadas
- Advertisment -
Google search engine

Mais lidas