Dayane Pereira Pimenta foi condenada a 18 anos de prisão pelo homicídio do empresário Wagner Florêncio Pimentel, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. O crime ocorreu no ano de 2019. Ao definir a pena, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira citou que o caso foi considerado “queima de arquivo”.
A vítima era investigada por um esquema de sonegação fiscal de mais de R$ 140 milhões que resultou na operação “Crédito Podre”, em 2017. Wagner também sofria extorsão e a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) suspeitava que sua morte teria sido encomendada. A esposa de Wagner afirmou em depoimento que ele negociava uma delação premiada.
O empresário foi morto a tiros na noite do dia 9 de fevereiro, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. O executor do crime foi Adão Joasir Fontoura, marido de Dayane Pereira Pimenta, já condenado a 20 anos pelo homicídio. Nas imagens analisadas pela DHPP, Dayane é vista com o marido antes do crime, enquanto o empresário era monitorado. Após a execução, a mulher aparece em um veículo passando ao lado do carro da vítima já morta.
A juíza da 1ª Vara Criminal de Cuiabá citou que Adão “foi incumbido de por fim a vida da vítima, em verdadeira ação de ‘queima de arquivo’”. O caso foi desmembrado com relação à Dayane porque no dia do julgamento o advogado dela não compareceu à sessão.
A magistrada pontuou que o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri condenou Dayane ao reconhecer a autoria dela no homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
“O motivo do crime foi torpe, pois a acusada não conhecia a vítima, tratando-se de delito de mando […] conforme perícia técnica realizada no aparelho celular de Dayane, no dia seguinte ao delito ela, por orientação de Adão, apagou todas as mensagens e imagens arquivadas em seu celular”, destacou a juíza.
Com isso, Dayane foi condenada a 18 anos de prisão em regime fechado.
Fonte: GD