A revista norte-americana Time elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o DJ Alok e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, uns dos 100 líderes climáticos mais influentes do mundo. O ranking foi divulgado pelo veículo nesta quinta-feira, 30, a pouco dias do Brasil sediar pela primeira vez a Conferência das Partes (COP30).
A revista elogiou Lula pelo seu comprometimento em realizar a COP no Brasil, em meio à Amazônia. O anúncio foi feito pelo chefe do Executivo em novembro de 2022, em Sharm El Sheikh, no Egito, poucas semanas após ele vencer as eleições. Na época, ele assumiu compromissos climáticos que, segundo a revista, o tornaram hoje um líder que “obteve sucesso”.
“Desde que assumiu o cargo, o governo brasileiro reprimiu o desmatamento ilegal, levando aos menores níveis de destruição da Amazônia em uma década. Além disso, o governo foi pioneiro em novas formas de financiar a proteção da natureza, incluindo o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, um fundo de US$ 125 bilhões destinado à preservação das florestas tropicais, ao mesmo tempo que proporciona retorno financeiro aos investidores. Ele também procurou aproveitar os setores da economia brasileira que se encontram em posição privilegiada para demonstrar que o combate às mudanças climáticas pode trazer benefícios”, afirmou o veículo.
A Time também destacou que o prefeito Eduardo Paes trabalhou bastante para a eletrificação do transporte público da capital carioca. Em entrevista ao veículo, Paes afirmou que pretende investir ainda mais na eletrificação de veículos.
“Ao longo do próximo ano, meu principal objetivo como prefeito no campo da sustentabilidade será avançar a eletrificação do transporte público e gradualmente substituir os ônibus por veículos de baixa ou nenhuma emissão. O Brasil tem abundância de energias renováveis e de matriz energética limpa”, declarou.
Já o DJ Alok, conhecido por seu trabalho com lideranças indígenas na Amazônia, entrou para a lista dos líderes climáticos mais influentes por conta do seu apoio aos direitos indígenas e à proteção da floresta amazônica.
“O que começou como uma jornada pessoal de cura em 2014, durante um período de depressão, transformou-se em uma colaboração que leva vozes amazônicas aos palcos mais prestigiados do mundo: as Nações Unidas, o Grammy Latino e os festivais Global Citizen. Após visitar uma comunidade indígena na Amazônia, Alok conta que começou a repensar o papel da música: em vez de criar música para o sucesso comercial, as comunidades indígenas estavam fazendo canções para cura”, pontuou a Time.
Por fim, o embaixador André Corrêa do Lago foi elogiado por mostrar ao mundo que o multilateralismo pode trazer resultados. Segundo a revista norte-americana, desde seus primeiros dias à frente da COP30, ele não mediu esforços para mostrar ao mundo que as soluções climáticas podem funcionar.
“Corrêa do Lago coordenou um Mutirão global — expressão portuguesa para “esforço coletivo” — com encontros de partes interessadas para discutir ações concretas para superar a paralisia geopolítica. E lançou uma plataforma — essencialmente uma ferramenta online com estudos de caso e análises — para avaliar os inúmeros compromissos que surgiram em conferências climáticas da ONU, com o objetivo de acelerar as soluções que funcionam”, disse.




 
                                    