O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, a CPMI dos atos golpistas de oito de janeiro, Arthur Maia, do União Brasil, da Bahia, determinou que a Polícia Legislativa investigue o deputado federal Abílio Brunini, do PL de Mato Grosso, por LGBTFobia contra a colega parlamentar Érika Hilton, do Psol, de São Paulo.
A decisão do presidente da CPMI foi anunciada durante o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, que aconteceu nesta terça-feira.
Segundo o senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, Abílio teria dito que a deputada Erika estaria “oferecendo serviços” durante os trabalhos no Congresso.
A senadora Soraya Thronicke, do Podemos, de Mato Grosso do Sul, também afirmou que ouviu a fala do parlamentar de Mato Grosso.
Diante da denúncia, o presidente da CPMI determinou que Abílio seja investigado.
Por sua vez, o deputado Abílio Brunini negou a fala preconceituosa.
O presidente da CPMI explicou que a investigação será feita utilizando as imagens gravadas na sessão.
Se ele ofendeu a colega, vai ter leitura labial e será fácil que isso seja identificado. E se de fato agiu dessa forma, vai ter uma penalidade contra Brunini, garantiu Maia.
Abilio não integra a CPI dos Atos Golpistas e, frequentemente, interrompe parlamentares, depoentes e causa tumulto nas sessões.
Antes disso, Abilio Brunini já tinha sido repreendido pelo presidente da comissão por filmar e debochar de colegas na CPMI.
A deputada Erika aconselhou o deputado a “tratar a carência em outro espaço” e definiu o comportamento do representante de Mato Grosso como “incompatível” com a Casa de Leis.
Segundo a deputada, ela falou sobre carência baseado no comportamento de uma pessoa que quer o tempo inteiro chamar a atenção.
“Eu poderia até aconselhá-lo a adotar um cachorrinho, para não se sentir tão só”, ironizou Érika.
Por: Jurandir Antônio