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segunda-feira, dezembro 16, 2024
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Presidente da CPMI determina que Abílio seja investigado pelo crime homofobia

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, a CPMI dos atos golpistas de oito de janeiro, Arthur Maia, do União Brasil, da Bahia, determinou que a Polícia Legislativa investigue o deputado federal Abílio Brunini, do PL de Mato Grosso, por LGBTFobia contra a colega parlamentar Érika Hilton, do Psol, de São Paulo.

A decisão do presidente da CPMI foi anunciada durante o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, que aconteceu nesta terça-feira.

Segundo o senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, Abílio teria dito que a deputada Erika estaria “oferecendo serviços” durante os trabalhos no Congresso.

A senadora Soraya Thronicke, do Podemos, de Mato Grosso do Sul, também afirmou que ouviu a fala do parlamentar de Mato Grosso. 

Diante da denúncia, o presidente da CPMI determinou que Abílio seja investigado. 

Por sua vez, o deputado Abílio Brunini negou a fala preconceituosa.

O presidente da CPMI explicou que a investigação será feita utilizando as imagens gravadas na sessão.

Se ele ofendeu a colega, vai ter leitura labial e será fácil que isso seja identificado. E se de fato agiu dessa forma, vai ter uma penalidade contra Brunini, garantiu Maia.

Abilio não integra a CPI dos Atos Golpistas e, frequentemente, interrompe parlamentares, depoentes e causa tumulto nas sessões.

Antes disso, Abilio Brunini já tinha sido repreendido pelo presidente da comissão por filmar e debochar de colegas na CPMI.

A deputada Erika aconselhou o deputado a “tratar a carência em outro espaço” e definiu o comportamento do representante de Mato Grosso como “incompatível” com a Casa de Leis.

Segundo a deputada, ela falou sobre carência baseado no comportamento de uma pessoa que quer o tempo inteiro chamar a atenção.

“Eu poderia até aconselhá-lo a adotar um cachorrinho, para não se sentir tão só”, ironizou Érika.

Por: Jurandir Antônio

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