Grupo usava imagens para ameaçar e extorquir clientes, sob a acusação de pedofilia em Barra do Garças
Os mandados foram cumpridos em seis quitinetes
A Polícia Civil de Barra do Garças (509 km a leste de Cuiabá) deflagrou na segunda-feira (6), a Operação Arco-íris, com foco na desarticulação de um esquema criminoso, voltado para extorsão de vítimas que eram filmadas durante programas sexuais.
A operação deu cumprimento a seis mandados de busca e apreensão domiciliar contra travestis envolvidas no crime. Os mandados foram cumpridos em seis quitinetes de um residencial, onde cada uma das investigadas residia.
As investigações apontam que o esquema era coordenado por um grupo que usava um menor de idade como isca para atrair homens para programas sexuais.
As vítimas eram abordadas durante a noite, em postos de combustíveis no trevo de Barra do Garças.
Itens apreendidos na Operação
Durante a realização do programa, o homem era filmado por uma das travestis e as imagens eram posteriormente utilizadas para ameaçar e extorqui-los, sob a acusação de pedofilia.
Em um dos vídeos feito pelo grupo, a vítima aparece amarrada e amordaçada, sendo agredida com tapas e socos, enquanto a integrante do grupo o acusa de pedofilia.
Com base nas investigações foi representado pelos mandados de busca e apreensão contra os envolvidos, sendo as ordens judiciais cumpridas em residências e locais utilizados para os atos sexuais.
Apreensões
As buscas resultaram na apreensão de documentos pessoais, cartões de contas bancárias de terceiros (possivelmente clientes) e instrumentos de procedimentos cirúrgicos.
Os delegados responsáveis pelas investigações, Welber Batista Franco, Joaquim Leitão Júnior e Nelder Martins Pereira, disseram que a operação tem o objetivo de cessar a extorsão e combater a exploração sexual, principalmente de menores, que são utilizados como meio de auferir vantagens ilícitas.
As investigações seguem em andamento para levantamento de outros elementos, assim como para identificação de outras vítimas e pessoas envolvidas no crime.
Fonte: MidiaNews