O clima no palácio do Planalto é de comemoração após o anúncio dos Estados Unidos de que as tarifas de diversos produtos brasileiros serão reduzidas. A avaliação é que “foi uma vitoria do diálogo” e que a decisão dos EUA “faz jus aos mais de 200 anos de amizade entre Brasil e os EUA”.
Agora, as áreas técnicas de diferentes ministérios do governo realizam um pente-fino no documento assinado por Donald Trump para passar um relato ao presidente Lula.
Interlocutores dizem que como são “várias pontos, extremamente específicos”, é preciso ter cautela.
O tarifaço
No site oficial da Casa Branca, foi divulgada a lista completa de todas as novas exceções adicionas à lista dos Estados Unidos. Os produtos são relacionado ao universo agrícola e incluem ainda açaí, castanha-do-pará, banana e outras frutas tropicais.
A decisão atinge não apenas o Brasil, mas também produtos de outros países.
Em junho, o presidente Donald Trump anunciou tarifas de 50% a todos os produtos brasileiros e usou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma das justificativas para a ação.
No início, os canais diplomáticos pareciam inviabilizados e o governo brasileiro não conseguiu contato com autoridades norte-americanas. A situação mudou na Cúpula das Nações Unidas, em Nova York, onde Trump e Lula se encontraram pela primeira vez.
O líder dos EUA disse que os dois tiveram uma boa “química” e tempos depois tiveram um encontro presencial para negociar o tarifaço.
Por Caiã Messina




