O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em visita a Mato Grosso nessa quarta-feira (31), que sentiu orgulho ao ver que o Egito, conhecido pela confecção de lençóis de luxo, hoje importa algodão produzido aqui no estado. Ele criticou empresários e opositores com “complexo de vira-lata” e afirmou que, como país, “não existe nada que impeça a gente de fazer aquilo que a gente quer”.
A fala do presidente foi proferida durante evento para entregar obras de expansão do Aeroporto Internacional Marechal Rondon e mil casas do Residencial Colinas Douradas, em Várzea Grande. Ele lembrou de algumas críticas que recebia em seu primeiro mandato.
“O que eu espero é que quando eu deixar a presidência da República este país tenha aprendido uma lição. Qual é a lição? Este país é muito grande, vocês não sabem o orgulho que eu tive… eu fui ao Egito este ano e quando eu fui presidente na primeira vez a gente comprava um guardanapo, uma licitação que aparecia um guardanapo a imprensa vendia como se fosse luxo. ‘Planalto compra guardanapo de linho egípcio’, eu nem sabia o que era, mas diziam, eu achei que era chique, ‘nossa um guardanapo feito com algodão egípcio’, sabe? Muitas vezes, se vocês pegarem a imprensa da época, não foram poucas vezes”.
O presidente comentou sobre as ações do Governo Federal que são direcionadas a determinadas regiões antes de outras, muitas vezes beneficiando prefeituras governadas por partidos opositores. Ele pontuou que o país tem que crescer em conjunto, sem privilégios a um ou outro, e que isso reflete no potencial geral do país.
“E aí, sabe qual foi o orgulho que eu senti? Eu fui agora ao Egito e o orgulho é que o Egito está comprando algodão do Mato Grosso. Esse é o orgulho de saber que não existe nada que impeça a gente de fazer aquilo que a gente quer. O que nós precisamos acabar no Brasil é com a cabeça pequena de algumas pessoas que têm complexo de vira-lata, que não acredita neste país, que não aposta neste país. Eu duvido que tenha algum país em que os empresários sejam tratados com o respeito que nós tratamos, duvido. E por que é que nós fazemos isso? Porque o Brasil não é meu, estou apenas sendo síndico deste país e o cara que é síndico sabe que tem que tratar todos os moradores com respeito e igualdade de condições”.
Fonte: GD