Depois de os produtores de soja do Rio Grande do Sul terem sofrido com severas estiagens por duas safras seguidas, há, agora, uma grande luz no fim do túnel.
Isso porque a projeção da Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) – que congrega 21 cooperativas parceiras – é de que o estado tenha a maior temporada de sua história.
A última grande produção de soja por lá ocorreu em 2020/21, quando 20,8 milhões de toneladas do grão foram colhidas. Agora, indica-se que há potencial para superar as 23 milhões de toneladas.
Clima tem ajudado
Diante do fenômeno El Niño, a safra 23/24 iniciou com desafios. A taxa de ocorrência de replantio, segundo o levantamento, foi de 2,6%, variando de 0 a 5% nas cooperativas, principalmente por conta das chuvas intensas.
Contudo, após estabelecida a cultura, o regime de precipitações vem contribuindo para o bom desenvolvimento da soja. As condições das lavouras são animadoras, com cerca de 70% sendo classificadas como boas ou excelentes.
Expectativa de produtividade de soja
As condições favoráveis em grande parte das regiões do estado reflete na expectativa de produtividade. Segundo o levantamento da Rede Técnica Cooperativa, o rendimento médio das lavoutas está projetado em 3.549 kg/ha (59,2 sacas). Entre as cooperativas, as variações foram de 45 a 65 sacas por hectare.
Por isso, de acordo com a pesquisa, se as condições seguirem favoráveis e considerando a área de cultivo projetada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de 6,67 milhões de hectares para o estado, o caminho para a maior safra de soja da história está pavimentado.
Por Victor Faverin