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sábado, setembro 7, 2024
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Juiz manda Ministério Público explicar porque vereador de Cuiabá e mais 6 não foram denunciados

Montagem/RepórterMT

Na decisão, magistrado tornou 14 pessoas denuncias em réus por lavar dinheiro para o CV na Capital.

Operação teve como alvo organização criminosa ligada ao Comando Vermelho.

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, mandou o Ministério Público explicar porque outros sete alvos da operação Ragnatela não foram denunciados à Justiça junto com os 14 alvos que já se tornaram réus. O magistrado também perguntou qual a medida adequada para outro alvo da operação que não foi denunciado: o vereador por Cuiabá Paulo Henrique de Figueiredo Masson (MDB). 

Os sete alvos não denunciados são Antidia Tatiane Moura Ribeiro, Danilo Lima de Oliveira, Everton Marcelino Muniz, Renan Diego dos Santos Josetti, Stheffany Xavier de Melo Silva e Vinicius Pereira da Silva, que seriam integrantes do “Grupo G12”.

Esse grupo, conforme o inquérito policial, integra o esquema de lavagem de dinheiro da facção e seria formado por promotores de eventos que atuavam em Cuiabá, inclusive nos shows promovidos para lavar dinheiro da facção.

Na decisão, o magistrado aponta que o MP “deixou de apresentar denúncia em relação os investigados”, mesmo eles se encontrando “em situação fática, aparentemente, similar” a dos denunciados Ana Cristina Brauna Freitas, Matheus Araújo Barbosa e Rafael Piaia Pael – todos tornados réus.

Além disso, o juiz questionou qual a medida adequada para o vereador por Cuiabá Paulo Henrique de Figueiredo Masson (MDB). O parlamentar foi alvo de um mandado de busca e apreensão.

Paulo Henrique é suspeito de colaborar com o esquema conseguindo as licenças da Prefeitura necessárias para liberar a realização dos eventos. Em troca recebia retorno financeiro.

“(…) Determino a intimação do órgão ministerial para que se manifeste, de forma fundamentada, sobre eventual arquivamento ou instauração de inquérito complementar (…)”, diz trecho da decisão.

Na mesma ocasião, o magistrado tornou réus os seguinte alvos da operação Ragnatela: Ana Cristina Brauna Freitas, Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares, Clawilson Almeida Lacava, Elzyo Jardel Xavier Pires, Joanilson de Lima Oliveira, Joadir Alves Gonçalves, João Lennon Arruda de Souza, Kamilla Beretta Bertoni, Lauriano Silva Gomes da Cruz, Matheus Araújo Barbosa, Rafael Piaia Pael, Rodrigo de Souza Leal, Willian Aparecido da Costa Pereira e Wilson Carlos da Costa.

Além disso, manteve presos os réus Joadir (liderança do CV), Joanilson (afilhado de Joadir no mundo do crime), João Lennon (testa de ferro da organização criminosa), Willian (responsável pelo envio e recebimento de valores) e Elzyo (líder do “Grupo G12” e aliciador dos agentes públicos visando as autorizações para eventos), por entender que “não há fundamentação jurídica plausível para que se determine a revogação da prisão preventiva”.

Ao todo, a operação Ragnatela deu cumprimento a oito ordens de prisões preventivas, 36 buscas e apreensões, nove sequestros de bens imóveis e 13 de veículos; e ainda duas ordens de afastamento de cargos públicos (policial penal e fiscal da prefeitura), quatro suspensões de atividades (casa de shows) e bloqueios de contas bancárias.

A investigação revelou que a facção comprou o Dallas Bar, em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie com dinheiro oriundo de práticas criminosas. No espaço eram realizados shows de artistas nacionais custeados pela facção.

Fonte: RepórterMT

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