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Japinha do CV enfrentou policiais de colete tático e morreu com rosto desfigurado no Rio

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A Soldado de linha de frente do Comando Vermelho, conhecida pelos apelidos “Penélope” e “Japinha do CV”, morreu após ser atingida por um tiro de fuzil no rosto durante um confronto com a polícia nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28).

Apelidada de “musa do crime” por ostentar armas e poses provocantes nas redes sociais, Japinha era uma das figuras de confiança da cúpula local do tráfico.

De acordo com informações apuradas pelo Na Mira (Metrópoles, ela atuava diretamente na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas, funções que a colocavam na linha de frente da facção.

Corpo da Japinha do CV foi encontrado horas após tiroteio

O corpo de Penélope, a Japinha do CV, foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, após horas de tiroteio. Segundo relatos, ela resistiu à abordagem e chegou a abrir fogo contra os agentes, sendo então atingida por um disparo fatal de fuzil que desfigurou seu rosto.

No momento do confronto, a Japinha do CV vestia roupa camuflada e colete tático com compartimentos para carregadores de fuzil — uma evidência de seu envolvimento direto nas ações armadas do grupo.

Corpo da Japinha do CVCorpo da Japinha do CVFoto: Metrópoles/Reprodução/ND Mais

Operação mais letal da história do Rio

A morte da Japinha do CV aconteceu durante a maior e mais letal operação policial da história do Rio de Janeiro, a Operação Contenção, que deixou 64 mortos — entre eles, quatro policiais — e 81 pessoas presas.

A ofensiva, deflagrada para conter o avanço territorial do Comando Vermelho e desmantelar sua estrutura logística, mobilizou 2,5 mil agentes de diferentes forças de segurança, incluindo Polícia Civil, Polícia Militar e unidades especiais.

Nesta quarta-feira (29), moradores relataram um cenário de devastação, com pelo menos 50 corpos empilhados sobre uma lona na Praça de São Lucas, na zona norte da capital fluminense. Com o número, o número de mortos pode passar de 100.

O Palácio Guanabara definiu a operação como “necessária” diante da escalada da violência e do poder de fogo do CV. Já em Brasília, o impacto político e social da ação levou os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) a convocarem uma reunião emergencial com o governador Cláudio Castro para discutir os desdobramentos da megaoperação e a repercussão das mortes no estado.