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segunda-feira, junho 30, 2025
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Governo Milei aumenta imposto sobre exportação de soja e milho na Argentina

O governo argentino, sob a liderança do presidente Javier Milei, anunciou um aumento nas taxas de exportação para soja, milho e girassol. A partir de 1º de julho, a alíquota sobre a soja subirá de 26% para 33%, enquanto a taxa sobre o milho e sorgo passará de 9,5% para 12%. O girassol também verá um aumento, de 5,5% para 7%.

Desde sua posse em dezembro de 2023, Milei tem promovido reformas econômicas, incluindo a redução das “retenciones”, o imposto sobre exportações agrícolas. Inicialmente, a alíquota da soja foi reduzida de 33% para 26%, e as taxas sobre farelo e óleo de soja caíram de 31% para 24,5%. No entanto, em abril, o presidente anunciou que essas taxas retornariam aos níveis anteriores até o final de junho.

As reações do setor agrícola foram mistas. A Confederação Rural Argentina (CRA) e a Coninagro expressaram preocupações sobre os impactos negativos do aumento de impostos. Por outro lado, Nicolás Pino, presidente da Sociedade Rural Argentina, pediu calma, afirmando que acredita nas promessas de Milei sobre as retenciones. Pino mencionou que o presidente deve participar da abertura da feira Rural de Palermo, onde a recepção dos produtores é incerta.

Expectativas de Produção

Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) estima que a Argentina deve recuperar sua produção de soja e milho na safra 2024/25, prevendo uma produção de 50,3 milhões de toneladas de soja e 49 milhões de toneladas de milho. Essa recuperação é esperada após duas temporadas consecutivas de queda devido a condições climáticas adversas.

O aumento das taxas de exportação ocorre em um contexto de especulações sobre a primeira exportação de farelo de soja para a China. A Argentina, maior exportadora global de farelo de soja, enviará um carregamento de 30 mil toneladas para a província de Guangdong, com a carga cotada a cerca de US$ 360 por tonelada. Essa importação, realizada por traders e produtores de ração chineses, representa um teste de mercado após anos sem compras efetivas.

Por César H. S. Rezende

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