No coração da dor familiar, um vídeo revela o abandono público que transforma luto em revolta
Em meio ao sofrimento de sepultar uma mãe, a família de Maria Eunice Azevedo de Souza, falecida no último domingo (19), deparou-se com um cenário de negligência que clama por justiça imediata. Um vídeo gravado pela filha, Tamires de Souza Araújo, escancara o caos no cemitério municipal, onde obras inacabadas e a falta de preparação para o período chuvoso transformam rituais de despedida em experiências traumáticas.
As imagens, que circulam nas redes sociais, mostram sepulturas improvisadas em meio a entulhos e lama, resultado direto da inação da prefeitura local. “Para qualquer família, se torna revoltante ter que sepultar o ente querido naquele modo”, desabafa Tamires, ecoando a indignação de quem exige providências urgentes para evitar que outras famílias enfrentem o mesmo calvário.
A cobrança vai além do luto pessoal: fontes ligadas à administração revelam que o novo cemitério ainda aguarda análise na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), sem licença ambiental para operar. Iniciar sepultamentos sem essa autorização pode configurar infração grave, conforme a Resolução CONAMA nº 335/2003 e a Lei Federal nº 9.605/1998, a Lei de Crimes Ambientais. “Estamos acompanhando de perto para fiscalizar e prevenir irregularidades, garantindo que tudo seja feito dentro da legalidade”, afirma um interlocutor próximo ao caso.
Essa situação não apenas expõe falhas na gestão pública, mas também levanta questionamentos sobre a priorização de recursos em uma cidade que depende de planejamento eficiente para serviços essenciais. A prefeitura de Campo Novo do Parecis tem o dever de responder com ações concretas, sob pena de perpetuar um ciclo de descaso que fere a dignidade humana em seus momentos mais vulneráveis.
Fonte: PowerMix
