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quinta-feira, agosto 28, 2025
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Esposa de PM é presa após se passar por desembargador

Laura Kellys Bezerra da Cruz, esposa do sargento das Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), Jackson Pereira Barbosa, teve seu mandado de prisão cumprido, nesta terça-feira (19), em Cuiabá. Ela é acusada de “se passar” pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJMT), José Zuquim Nogueira, para entregar R$ 10 mil na sede do Judiciário.


Segundo a Polícia Civil, a suspeita se apresentou na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), onde foi ouvida e teve o mandado de prisão cumprido.


O sargento da Polícia Militar, Eduardo Soares de Moraes, lotado na Seção de Justiça e Disciplina do Batalhão de Rondas Ostensivas (Rotam), teve a prisão em flagrante convertida para preventiva, na última quinta-feira (14).


Ele foi preso após detalhar a dinâmica da entrega de um envelope contendo R$ 10 mil direcionado ao presidente da Corte do Tribunal de Justiça, desembargador José Zuquim Nogueira. Em vídeo, o magistrado relatou que a encomenda era desconhecida por ele. Já Eduardo Moraes disse que mal conhecia Laura e que apenas fez um favor ao levá-la até o Tribunal, não sabendo o motivo da presença no local. 


O sargento Moraes entregou o envelope a um motorista de aplicativo indicado por Laura e depois deixou a mulher na rodoviária de Cuiabá, de onde seguiu viagem para sua cidade. Porém, nesta terça (19), ela se entregou à polícia.

O marido de Laura, Jackson Pereira Barbosa, é investigado por envolvimento no homicídio do advogado Renato Nery. 


O caso
A denúncia veio à tona após um motorista de aplicativo ser acionado para realizar a entrega de um envelope e, ao chegar no Tribunal, perceber a utilização da foto e do nome do presidente do TJMT no perfil do solicitante. Desconfiado, o motorista procurou a segurança do local, que confirmou que a presidência não estava esperando nenhuma encomenda.


Após verificação das câmeras de segurança, a equipe do TJMT conseguiu identificar Eduardo Soares de Moraes, que estava acompanhado de uma mulher não identificada no momento da entrega do envelope. O boletim de ocorrência aponta que o militar foi o responsável por acionar a corrida e fazer a entrega do dinheiro.


O motorista de aplicativo também relatou ter recebido ameaças por mensagens de texto, que foram apagadas do aplicativo, indicando uma clara tentativa de intimidação e obstrução da investigação.


Devido à sua condição de policial militar da ativa, o sargento Eduardo Soares de Moraes deverá cumprir a custódia preventiva em uma unidade militar, conforme previsto em lei.

Por Ana Júlia Pereira

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