A Escola Estadual de Tempo Integral Carlos Hugueney, em Alto Araguaia, passou, nesta quarta-feira (13), oficialmente a integrar o modelo cívico-militar da Rede Estadual de Ensino. O local se tornou alvo de polêmica após uma aluna de 12 anos ser torturada por colegas dentro da unidade de ensino.
A mudança foi anunciada pessoalmente pelo secretário de Estado de Educação, Alan Porto, e pela diretora regional de Educação do polo Rondonópolis, Andreia Cristiane de Oliveira, durante visita à cidade, a 422 km ao sul de Cuiabá.
“O momento representa mais do que uma mudança administrativa. É a promessa de um futuro com mais organização, valores e condições estruturais para que cada aluno desenvolva seu potencial”, disse o secretário.
“Estamos construindo não apenas novos espaços, mas novas oportunidades para esses jovens, unindo disciplina, cidadania e ensino de qualidade. Assim, fortalecemos o processo pedagógico e o apoio psicossocial ofertado pela Diretoria Regional de Educação”, completou.
O secretário destacou que, além da mudança de modelo, a Seduc está investindo R$ 4,6 milhões na melhoria da infraestrutura da escola. O projeto inclui a reforma e ampliação do bloco educacional, construção de um bloco administrativo, pórtico de entrada, quadra poliesportiva e vestiário.
A diretora da escola, Elizabeth Paes Teixeira, reforçou dizendo que as escolas cívico-militares contam com os mesmos professores das unidades regulares, mesmo material didático, mesma metodologia de ensino e todos os recursos tecnológicos implantados nas demais escolas da rede.
“Já sentimos diferença na questão do respeito, disciplina e foco, pois, os dois militares da reserva já começaram a trabalhar auxiliando a direção e no monitoramento do pátio, da entrada e saída dos alunos”, explicou Elizabeth, esclarecendo que nos próximos dias um terceiro militar da reserva vai completar a nova equipe da escola.
Aluna espancada
No começo deste mês, uma aluna foi espancada por colegas dentro da escola. A agressão foi registrada e o vídeo logo veio à tona. A garota foi agredida com tapas, murros e até com cabo de vassoura.
De acordo com o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pelo caso, as menores que espancaram a vítima, integram um grupo com mais de 20 participantes que adotava regras semelhantes às de facções criminosas.
Foi apurado ainda, que as menores, que foram internadas, já agrediram outras quatro estudantes.