Cabe ressaltar que um dos investigados foi preso próximo a fronteira do Paraguai
A Polícia Civil do Estado do Pará, por meio da DECCC (Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos) e DCCEP (Divisão de Combate a Crimes Economicos e Patrimonias Praticados por Meios Cibernéticos), em ação conjunto com a DERF ( Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) de Rondonópolis-MT, deu cumprimento nesta terça-feira (23) a 10 Mandados de Prisão Preventiva e 20 de busca e apreensão no município. Seis pessoas foram presa, entra elas uma mulher.
As prisões ocorreram após diversas pessoas terem procurado a Polícia Civil e informarem que haviam sido vítimas de um golpe praticado nas plataformas de venda de veículos no Estado do Pará. Os criminosos publicam anúncios em plataformas digitais de compra e venda de veículos de luxo em valores inferiores ao valor real de mercado com o fim de atrair às vítimas, em seguida, após a conversa enganosa, obtém vantagem indevida por meio de transferências financeiras.
Ao final da falsa negociação, a vítima transfere o valor da venda achando que está transferindo para o proprietário do veículo, mas, na verdade, acaba transferindo para uma conta pertencente aos golpistas, logo em seguida, ocorrem diversas cessões financeiras fraudulentas para outras contas bancárias, bem como, saques em ATM, cheque especial, uso de cartão de crédito e outras modalidades de transferências de recursos, estratificando a camada da lavagem de dinheiro praticada pelo grupo criminoso.
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Após as investigações e as prisões, apurou-se que a associação criminosa atua no ramo das fraudes pelos meios cibernéticos para financiar outras atividades ilícitas, como o narcotráfico e o roubo da cargas e veículos na região.
Cabe ressaltar que um dos investigados foi preso próximo a fronteira do Paraguai, quando tentava entrar no país vizinho com uma caminhonete oriundo de roubo, o qual era um dos beneficiários da fraude investigada.
Além dos crimes de fraude eletrônica, os investigado estão sendo indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Houve o bloqueio financeiro de 18 contas bancárias pertencentes ao grupo criminoso, além de apreensões de equipamentos eletrônicos e cartões bancários, que serão periciados e analisados para subsidiar a investigação criminal.
Com as prisões, a Polícia Civil acredita que haverá uma redução neste tipo de crime no Estado do Pará, pois a associação criminosa era responsável pela criação e manutenção de diversos anúncios fraudulentos nas plataformas digitais de venda de veículos.
Fonte: PJC