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Crítica de Lula a Trump no NYT gera recorde de engajamento no Instagram

A entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao “The New York Times” ampliou o debate digital sobre as tarifas aplicadas pelo americano Donald Trump ao Brasil. De acordo com um levantamento da FGV Comunicação, o post do jornal sobre a matéria no Instagram se tornou o mais engajado do veículo em 2025.

De acordo com o levantamento, a publicação da entrevista do presidente no Instagram recebeu mais de 746 mil comentários e curtidas, um número 163% superior ao obtido pelo segundo post com mais engajamento que tinha relação com o Brasil, referente à indicação de Fernanda Torres ao Oscar.

Ainda, a postagem é a que tem o maior volume de comentários do jornal desde 2020. A publicação alcançou mais curtidas do que o post sobre o falecimento do papa Francisco e mais comentários que a matéria sobre manifestações contrárias a Trump nos EUA.

Analisando também o ano de 2024, o post sobre a entrevista do petista ficou atrás em engajamento apenas da publicação sobre a morte da atriz Maggie Smith, conhecida por interpretar a personagem Minerva McGonagall nos filmes da saga Harry Potter.

Entrevista de Lula ao New York Times

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou ao jornal “The New York Times”, em entrevista publicada nesta quarta-feira, 30 de julho, que o Brasil não negociará tarifas com os EUA como um “país pequeno”.

“Em nenhum momento o Brasil negociará como se fosse um país pequeno contra um país grande”, pontuou Lula, acrescentando que em negociações entre duas nações deve ser alcançado um meio-termo. “Tenham certeza de que estamos tratando isso com a máxima seriedade. Mas seriedade não exige subserviência”, disse o presidente.

Segundo a publicação, esta foi a primeira entrevista de Lula ao The New York Times em 13 anos, “em parte porque queria falar com o povo americano sobre sua frustração com o Sr. Trump”, escreveu o jornal.

No texto, o jornal norte-americano defende que “talvez não haja nenhum líder mundial desafiando o presidente Trump tão fortemente quanto o Sr. Lula”. O petista diz ter “preocupação” com as consequência das tarifas, mas afirma que isso não causa “medo” no governo.

Na entrevista, Lula declarou que brasileiros e americanos não deveriam ser “vítimas da política”. Quando definiu as tarifas de 50%, Trump citou o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), julgado por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, como um dos motivos.

De acordo com o petista, Donald Trump estaria violando a soberania nacional ao tentar interferir no Judiciário. “O Brasil tem uma constituição, e o ex-presidente está sendo julgado com pleno direito de defesa”, ressaltou Lula.

O presidente declarou que a tentativa de ajuda de Trump a Bolsonaro será custeada pelos americanos, que irão pagar mais caro por café, carne e suco de laranja, entre outros produtos.

“Vamos deixar uma relação diplomática de 201 anos de ganha-ganha, para uma relação política perde-perde”, reiterou Lula. O presidente disse que tentou contato com o governo dos EUA, mas “ninguém quer falar”.

O petista afirmou que não irá “chorar por leite derramado” e se os EUA não quiserem comprar algo do Brasil, o País irá procurar alguém que queira. “Temos uma relação comercial extraordinária com a China. […] Não tenho preferência. Tenho interesse em vender para quem quiser comprar de mim — para quem pagar mais.”

“Não tenho nada contra a ideologia de Trump. É uma questão para o povo americano lidar. Eles votaram nele. Fim da história”, pontuou o presidente.

Entenda o “tarifaço”

No dia 9 de julho, Trump anunciou tarifas adicionais de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, a partir de 1º de agosto. O chefe da Casa Branca cita uma suposta relação “injusta” nas relações comerciais entre os dois países, apesar de o Brasil ter déficit comercial com os EUA há 17 anos.

Trump também cita restrições impostas às plataformas digitais americanas e o processo por tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro como outros motivos para a tarifa de 50%.

As autoridades norte-americanas ainda abriram investigação contra o Pix por considerarem possível prática “desleal” de mercado, o que prejudicaria as bandeiras de máquinas de crédito estadunidense Visa e MasterCard, além do Whatsapp Pay, da gigante da tecnologia Meta.

*Com informações do Estadão e da Agência Brasil

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